Presidente do INEM vai ao parlamento explicar razões de alegados atrasos no atendimento

O presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) vai ao parlamento explicar as razões dos alegados atrasos no atendimento de chamadas de emergência, na sequência de um pedido do CDS-PP hoje aprovado

O requerimento do CDS a pedir a audição do presidente do INEM, Luís Meira, foi hoje aprovado por unanimidade na comissão parlamentar de Saúde, segundo fonte oficial do partido.

Num requerimento dirigido à comissão de Saúde e assinado pela deputada Isabel Galriça Neto, o CDS dizia querer esclarecer nesta audição “qual a situação atual do INEM, os reais tempos de resposta às chamadas de emergência e se está, de algum modo, ameaçado o socorro atempado às vítimas”.

Citando notícias da comunicação social, o CDS sublinha que “só durante o passado mês de dezembro, o tempo médio de atendimento das chamadas encaminhadas pelo 112 para os CODU (Centros de Orientação de Doentes Urgentes) disparou para os 63 segundos (mais 350% face a novembro)”.

Um despacho a semana passada em Diário da República cria um grupo de trabalho para “reestruturação dos CODU”, com a missão de apresentar propostas que “permitam melhorar a eficiência, a eficácia e a qualidade do serviço prestado”.

O grupo de trabalho deve apresentar até ao fim do mês de março um relatório com o diagnóstico dos constrangimentos atuais dos CODU e com propostas para ultrapassar os problemas identificados.

Integram esta estrutura de trabalho o diretor do departamento de emergência médica do INEM, o coordenador nacional dos CODU, um representante dos médicos dos centros de orientação, um representante dos operadores, dois especialistas hospitalares em emergência médica, um representante da Ordem dos Médicos e um representante da sociedade civil que tenha conhecimentos na área.

Recentemente, o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte (STFPSN) alertou para a demora no atendimento de chamadas por parte do INEM.

Algumas chamadas, referia o sindicato em finais do mês passado, demoram mais de três minutos a ser atendidas, em vez dos sete segundos aconselhados pelos manuais mundiais.

Print Friendly, PDF & Email
ler mais
Print Friendly, PDF & Email
ler mais