25 Nov, 2016

Portugal vai participar no maior estudo mundial sobre necessidades de diabéticos

“Os resultados do estudo serão usados para identificar formas de melhorar a assistência e o apoio a pessoas com diabetes e às pessoas que lhes são próximas”, explica João Raposo, Presidente da APDP

Portugal vai participar no maior estudo mundial sobre as necessidades das pessoas com diabetes que analisa atitudes, desejos e necessidades das pessoas com diabetes e também dos familiares e profissionais de saúde que com eles convivem.

Trata-se do estudo “Dawn2”, uma investigação mundial iniciada em 2011 conduzida por uma rede de especialistas e organizações internacionais, como a Federação Internacional de Diabetes (IDF), a Aliança das Organizações Internacionais de Doentes (IAPO), o Centro de Diabetes Steno e parceiros de vários países, com o apoio da Novo Nordisk.

Ao todo, estão envolvidas no projecto mais de 15 mil pessoas de 18 países e vai contar pela primeira vez com a participação de Portugal, o que “faz todo o sentido”, tendo em conta que “é o país da Europa com a mais alta prevalência de diabetes”, segundo o diretor clínico da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP), João Raposo.

O estudo arranca sábado e, em Portugal, será conduzido pela APDP em parceria com a Novo Nordisk Portugal

“Os resultados do estudo serão usados para identificar formas de melhorar a assistência e o apoio a pessoas com diabetes e às pessoas que lhes são próximas”, adiantou João Raposo.

Os dados recolhidos a nível internacional mostram que muitas das pessoas que têm diabetes ainda enfrentam vários desafios em áreas como a autogestão da doença, a adesão à terapêutica, o acesso e o envolvimento nos cuidados.Os resultados do “Dawn2”, referentes a 17 países (Argélia, Canadá, China, Dinamarca, França, Alemanha, India, Itália, Japão, México, Holanda, Polónia, Rússia, Espanha, Turquia, Reino Unido, Estados Unidos da América), mostram que “a doença tem um impacto negativo em vários aspetos do quotidiano e na qualidade de vida das pessoas com diabetes e dos seus familiares”.. O estudo evidencia, ainda, que a educação desempenha um papel vital para melhorar a condição e a qualidade de vida das pessoas com diabetes. Todavia, cerca de metade dos participantes do estudo nunca frequentaram um programa educacional. Para além disso, o Dawn2 revelou que 1 em cada 5 pessoas com diabetes já se sentiram discriminados devido à sua condição.

SO/LUSA/Comunicado de imprensa

 

 

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