20 Fev, 2018

Portugal tem 1830 desfibrilhadores em espaços públicos

Ao todo, se juntarmos os desfibrilhadores em ambulâncias e outros veículos médicos, o país já conta com 2662 equipamentos deste tipo. Número mais do que triplicou em menos de cinco anos.

Em menos de cinco anos o número de desfibrilhadores em Portugal mais do que triplicou. Em 2013, o INEM informava que havia 446 dispositivos em contexto não hospitalar, enquanto que no final do ano passado o nosso país já dispunha de 1830 desfibrilhadores automáticos externos (DAE) licenciados em espaços públicos. Se a isto somarmos as 832 ambulâncias e outros veículos de emergência equipadas, no final de 2017 tínhamos 2662 desfibrilhadores.

Estações de comboios, empresas, centros comerciais, praias, aeroportos, bancos, casinos, escolas, hotéis e recintos desportivos são alguns dos locais públicos que dispõem deste dispositivo portátil que pode salvar doentes que estejam em paragem cardiorrespiratória.

Quando ao número de vezes em que este tipo de equipamento foi utilizado, o INEM adianta que, em 2017, no âmbito do Sistema Integrado de Emergência Médica, que inclui o próprio INEM, os bombeiros e a Cruz Vermelha, os desfibrilhadores foram utilizados 5981 vezes. Destas, em 584 situações foram administrados choques elétricos.

Segundo dados da OMS, em Portugal morrem 10 mil pessoas vítimas de morte súbita por ano. Em todo o mundo, o número sobe para mais de 7 milhões. “Está demonstrado que a desfibrilhação precoce, realizada entre 3 a 5 minutos após o colapso da vítima, resulta em taxas de sobrevivência de 50 a 70%”, avisa o INEM, que esta terça-feira vai acreditar a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo como entidade formadora de Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa.

O Jornal de Notícias lembra que desde 2009 que a legislação portuguesa permite a utilização de desfibrilhadores automáticos externos (DAE) por qualquer pessoa em ambiente não hospitalar e que desde setembro de 2014 que estes dispositivos são obrigatórios em espaços públicos importantes.

O JN também avança que, em 2017, foram licenciados 344 DAE em espaços de acesso público, mais do que em 2016 (272) e que em 2015 (206). No total, há 1830 desfibrilhadores em 1615 espaços públicos e 18626 operacionais formados para os poderem utilizar.

Após uma paragem cardiorrespiratória, a vítima perde 10% de hipóteses de sobrevivência a cada minuto que passa. Ou seja, ao fim de cinco minutos sem assistência, a vítima tem apenas 50% de probabilidade em sobreviver.

 

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