9 Fev, 2017

Portugal com maior rácio de médicos de famílias mas onde mais se vai às urgências

Cerca de sete em cada 10 portugueses recorre aos serviços de urgências hospitalares, apesar de Portugal ter um dos maiores rácio de médicos de família por habitante, segundo a Sociedade Portuguesa de Medicina Interna

A propósito do Dia Mundial do Doente, que se assinala no sábado, a Sociedade de Medicina Interna alertou para o “excesso de recurso da população” às urgências dos hospitais, sendo que Portugal é dos países em que os cidadãos mais recorrem a estes serviços.

“A culpa do excesso de recurso às urgências é normalmente atribuída à falta de médicos de família, no entanto isso é paradoxal porque Portugal é um dos países europeus com um maior rácio de médicos de família por mil habitantes”, afirma a Sociedade de Medicina Interna em comunicado.

“Pode concluir-se que uma das causas é a falta de capacidade de resolução dos cuidados primários”, indica a Sociedade de Medicina Interna, lembrando que os doentes procuram as urgências por terem exames complementares, especialistas, porque estão abertas 24 horas e “porque confiam mais nos hospitais”.

Luís Campos, presidente da Sociedade, refere que os hospitais têm “alguma quota de responsabilidade” neste peso do recurso às urgências, porque “poderiam criar mais alternativas para os doentes agudos não urgentes” dentro dos próprios hospitais.

Para reduzir o recurso às urgências, o especialista sugere que se criem alternativas como estabelecer vagas nas consultas para doentes não programados ou investir mais nos hospitais de dia.

Outra das propostas refere-se ao internamento hospitalar, sugerindo a criação de centros de medicina ambulatória que integrem os hospitais de dia, com programas de hospitalização domiciliária, unidades de diagnóstico rápido e programas de cuidados integrados.

LUSA/SO

 

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