31 Jan, 2017

PCP/Porto alerta para necessidade “imperiosa” de investir em hospitais do distrito

Os deputados do PCP do Porto alertaram hoje para a “imperiosa” necessidade de investimento dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde do distrito, alvo de subfinanciamento desde 2008

Os deputados do PCP do Porto alertaram hoje para a “imperiosa” necessidade de investimento dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde do distrito, alvo de subfinanciamento desde 2008, com consequências negativas ao nível dos equipamentos e dos recursos humanos.

“Estamos numa fase em que não há como adiar o esforço de investimento que terá necessariamente de ser feito. A informação que temos é que está tudo no limite das capacidades. A necessidade de investimento é imperiosa nestes hospitais centrais”, afirmou à Lusa o deputado Jorge Machado PCP, um dos três que hoje reuniram com a administração dos hospitais de São João, Santo António, Pedro Hispano e Gaia.

Segundo o deputado, “não obstante terem sido dados passos positivos na contratação de profissionais, com autorizações no último trimestre de 2016, subsistem graves lacunas e insuficiências em recursos humanos, nomeadamente enfermeiros e assistentes operacionais, [bem como] algumas especialidades médicas”.

Para além dos recursos humanos, os deputados do PCP assinalaram o impacto ao nível dos equipamentos das “quebras significativas de investimento” a que se assistiu “durante estes últimos anos, de governo PSD/CDS-PP”.

“Muitos equipamentos destes hospitais estão no limite da vida, se já não o ultrapassaram”, destacaram os deputados para quem existe “uma necessidade imperiosa de investimento em equipamento, em meios de diagnóstico”.

Jorge Machado considera mesmo “crítico o investimento em equipamentos” e material de diagnóstico, o que permitiria “internalizar um conjunto de serviços e exames que são hoje entregues ao setor privado”.

Para além dos equipamentos e dos recursos humanos, os deputados registaram ainda a “insuficiência do financiamento” nos hospitais quer para pagar despesas, quer para assegurar investimentos futuros que contrariem a degradação do serviço.

“Outro traço comum que detetamos nas reuniões com os conselhos de administração é o problema do subfinanciamento crónico dos hospitais e da capacidade de eles se poderem gerir”, relataram.

Apesar de alguns passos positivos dados no último trimestre de 2016, como a autorização dos investimentos propostos pelo Hospital de Pedro Hispano ou o financiamento assegurado para um equipamento de ressonância magnética no Hospital de Santo António, os deputados do PCP alertam para a “situação limite” que existe no SNS fruto do “subfinanciamento de anos” e que “se começa a sentir à medida que as coisas se vão degradando ainda mais”.

LUSA/SO

 

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