31 Jul, 2017

Os programas e metas curriculares devem valorizar população idosa

A recomendação surge na Estratégia Nacional para o Envelhecimento Ativo e Saudável que é posta em consulta pública amanhã, e onde se defende o investimento na formação e educação sobre o envelhecimento “em todos os graus de ensino”

Os programas e metas curriculares das escolas deviam integrar a valorização da população idosa e promover a sua imagem, sugere a Estratégia Nacional para o Envelhecimento Ativo e Saudável.

Uma das medidas definidas na Estratégia, que é posta em consulta pública amanhã, é investir na formação e educação sobre o envelhecimento “em todos os graus de ensino”, tentando combater a discriminação, os estereótipos e promovendo a igualdade.

Para isso, é proposta uma intervenção junto do Ministério da Educação “no sentido de integrar nos programas e metas curriculares a valorização da população idosa e promover a sua imagem”.

A par disto, devem ser promovidos projetos que juntem as várias gerações. O coordenador do grupo de trabalho para a Estratégia do Envelhecimento Ativo e Saudável, Pereira Miguel, sublinha que a aprendizagem sobre o envelhecimento não tem de ser toda livresca e que há muitas circunstâncias da vida escolar em que é possível criar espaços de convívio entre gerações.

“Muitas destas ações não precisam de estar estabelecidas”, refere Pereira Miguel, deixando como sugestão que sejam dirigidos convites a professores reformados ou a desportistas mais velhos para irem às escolas conversar com os alunos.

A promoção da boa imagem do envelhecimento, a inclusão dos idosos e o combate aos estereótipos devem estar presentes na aprendizagem ao longo da vida e em todos os ciclos de ensino, defende o responsável.

Aliás, outra das medidas preconizadas prende-se com o desenvolvimento de campanhas que promovam uma “imagem positiva do envelhecimento”.

Ainda ao nível do ensino, sobretudo do superior ou pós-graduado, a Estratégia pretende que se criem condições para incentivar a investigação na área do envelhecimento.

Na área da saúde é sugerido mais investimento na formação básica e especializadas dos profissionais em geriatria e gerontologia, sempre baseada numa “abordagem não discriminatória e de direitos humanos”.

Outra das sugestões é desenvolver ações de formação dirigidas a cuidadores informais, nomeadamente para aprenderem a ajudar a controlar doenças crónicas e a potenciar a autonomia das pessoas idosas.

Ao nível da criação de espaços que garantam a segurança, a Estratégia sugere que as autarquias promovam ações de aconselhamento para as pessoas mais idosas e que facilitem a execução de pequenas obras de adaptação para conforto e segurança.

LUSA/SO/MM

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