Ordem dos Enfermeiros não compreende extremar de posições entre médicos e CNS

A bastonária da Ordem dos Enfermeiros não compreende o extremar de posições entre a Ordem dos Médicos e o Conselho Nacional da Saúde sobre as competências dos profissionais, afirmando que os enfermeiros apenas querem condições para as atuais funções.

Em declarações à agência Lusa, Ana Rita Cavaco comentava a polémica entre a Ordem dos Médicos e o Conselho Nacional de Saúde (CNS), após afirmações do presidente deste órgão consultivo sobre a alegada transferência de trabalho dos médicos para outros profissionais de saúde.

A bastonária ouviu as afirmações de Jorge Simões e considera que este apenas se limitou a reproduzir dados internacionais que servem, muitas vezes, para ilustrar posições da Ordem dos Enfermeiros.

No seguimento das afirmações de Jorge Simões, o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarâes, pediu a demissão do presidente do CNS e hoje, em conferência de imprensa, admitiu que a Ordem a que preside poderá abandonar o Conselho.

“Não vejo motivos para as pessoas se aborrecerem com as afirmações de Jorge Simões que disse o que os sucessivos governos têm tentado fazer: definir o papel das ordens e dos profissionais”.

Sobre a alegada transferência de competências dos médicos para outros profissionais, como os enfermeiros, Ana Rita Cavaco ressalvou que estes “têm as suas competências muito bem definidas e não vão ter outras enquanto não estiverem criadas condições para cumprirem as atuais”.

Para a bastonária, Miguel Guimarães estará a “extrapolar o que Jorge Simões disse e que mais não é do que existirem coisas que os médicos fazem e que poderiam ser feitas por outros profissionais”.

LUSA/SO/SF

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