28 Jul, 2017

Novos fármacos para a hepatite C evitam quase 3.500 mortes permaturas

O tratamento com novos fármacos para a hepatite C evitou, no primeiro ano de aplicação, 3.477 mortes prematuras e 339 transplantes hepáticos, poupando ao Estado 271,4 milhões de euros com tratamentos das consequências da evolução da doença

Os dados foram hoje divulgados durante a apresentação do relatório sobre as hepatites virais em 2016 e início de 2017.

Segundo Isabel Aldir, diretora do Programa Nacional para as Hepatites Virais, estes números revelam “o sucesso da estratégia” contra a hepatite C adotada por Portugal, que já negociou um novo acordo que permite a administração destes novos fármacos aos portadores da doença.

De acordo com esta responsável, foram já iniciados 11.792 tratamentos. Dos 6.880 doentes que já concluíram tratamento, 6.639 estão curados, o que representa uma taxa de sucesso superior a 96%.

Isabel Aldir sublinhou que os tratamentos permitiram ganhos de 62.869 anos de vida, somando o tempo de vida ganho por cada pessoa doente.

Estes tratamentos evitaram ainda 339 transplantes hepáticos, 1.951 carcinomas hepatocelulares e 5.417 casos de cirrose.

Isabel Aldir alertou para a necessidade destes doentes receberem o tratamento mais atempadamente, tendo em conta que 30% dos doentes que o iniciaram já apresentavam cirrose e 18% pré-cirrose.

No Dia Mundial das Hepatites, os dados hoje revelados indicam que, em Portugal se estima que 0,4 a 1% da população seja portadora de hepatite B. Quanto à hepatite C, mais de 17 mil pessoas estão assinaladas como vivendo com a infeção crónica.

No que respeita à hepatite A, o relatório dá conta de 378 casos de janeiro até 30 de junho. A Direção-geral de Saúde divulgou na quinta-feira novos dados que apontam para 402 casos confirmados da infeção.

LUSA/SO/SF

 

Gedeon Richter

 

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