Tomar ou não medicamentos para a dor nas costas depende mais do impacto sentido pelo doente do que dos conhecimentos em saúde, revela um estudo conduzido por investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), em que 84% dos doentes com dor lombar aderiam à medicação prescrita.
A conclusão é de uma investigação que contou com a participação de pessoas com dores de pescoço e dor lombar de diferentes causas.
O estudo, desenvolvido no âmbito do projeto "Desprescrição no Idoso", envolveu 192 idosos, com uma idade média de 72 anos, sendo que 77% são polimedicados e 91,6% tem três ou mais doenças.
A descoberta é de um estudo que foi realizado com doentes seguidos pela Equipa Comunitária de Suporte em Cuidados Paliativos do ACES Gaia.
O uso continuado deste medicamento, nomeadamente em casos de cancro metastático, está associado a problemas ósseos e a dor forte.
A enxaqueca crónica é uma das doenças mais prevalentes e incapacitantes do mundo, sendo que a Organização Mundial da Saúde (ONS) considera a principal causa de incapacidade entre os 15 e 49 anos.
As opções de tratamento passam por fisioterapia, medicamentos ou cirurgias bastante invasivas, mas, em grande parte dos casos, não existem soluções a longo prazo.
A conclusão é de uma investigação que contou com a participação do Royal College of Surgeons (Irlanda), do Medical Cannabis Program in Oncology do Cedars Cancer Center (Canadá) e da Harvard Medical School (EUA).
Na investigação teve-se em conta a informação de mais de 10 mil inquiridos no inquérito nacional de saúde, que é conduzido todos os anos pelo CDC’s National for Health Statistics.
O estudo da Faculdade de Medicina do Porto, justifica-se, segundo os investigadores, "numa altura em que aumenta o uso da canábis", planta que, desde 2018, é produzida e comercializada em Portugal para fins terapêuticos.
