7 Out, 2016

Ministros da Saúde reúnem-se em Portugal para debater sustentabilidade do acesso à inovação

O objetivo´do encontro será discutir modelos futuros que garantam o acesso dos doentes aos medicamentos e que respeitem a sustentabilidade dos sistemas de saúde europeus

Portugal vai receber os ministros da saúde da União Europeia no 7 de dezembro para uma mesa-redonda em que também irão participar representantes da indústria farmacêutica. O objetivo será discutir modelos futuros que garantam o acesso dos doentes aos medicamentos e que respeitem a sustentabilidade dos sistemas de saúde europeus, informou há momentos o Infarmed, em comunicado enviado às redações.

Esta será a segunda reunião neste formato, no seguimento da que foi organizada em Haia pela presidência holandesa, que antecedeu a eslovaca.

A mesa-redonda foi agendada durante a reunião informal de ministros da Saúde que terminou no dia 4 em Bratislava, e na qual participaram o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, e o presidente do Conselho Diretivo do Infarmed, Henrique Luz Rodrigues.

No encontro integrado no Conselho de Emprego, Política Social, Saúde e Consumidores (EPSCO), que decorreu a 3 e 4 de outubro, foi acordado que o tema central da mesa-redonda será o do acesso aos medicamentos inovadores.
Tal como ocorreu em maio em Haia, o modelo de debate manter-se-à inclusivo e abrangente, de forma a estabelecer parcerias entre os diversos intervenientes do setor do medicamento em torno de dois objetivos essenciais: garantir o financiamento de novas tecnologias da saúde e de inovação, mas respeitando as condições para a sustentabilidade dos sistemas.

Para o efeito, defende o Infarmed,  “será imperioso discutir o valor terapêutico dos medicamentos mais dispendiosos”.
Já no último encontro do EPSCO, o ministro Adalberto Campos Fernandes elogiou a “agregação voluntária de vontades” entre os diferentes países, em áreas como a procura, compra e negociação de tecnologias na área da saúde. E incentivou uma aliança estratégica.
Em junho foram adotadas conclusões no sentido de se definir um mercado farmacêutico que fique distante de potenciais abusos de propriedade industrial, premiada pela União Europeia, mas também de incentivar o investimento em medicamentos para áreas que não têm respostas terapêuticas.

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