Malefícios do Tabaco
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Malefícios do Tabaco

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Que Sabem os Consumidores?…

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Hospital CUF Infante Santo

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Tema recorrente mas nunca redundante.

Em Portugal, o tabaco mata cerca de 29 pessoas por dia, sendo no nosso país a principal causa evitável de morte. No mundo, mata cerca de 6 milhões de pessoas por ano.

O fumo do tabaco contém mais de 5000 substâncias químicas, das quais pelo menos 98 são prejudiciais à saúde.

A lista de doenças associadas ao tabaco é tão extensa que, só por si, daria uma série de artigos mas o propósito destas linhas não é “chover no molhado”, repetindo e alertando para os perigos associados ao tabaco. Duvido que os consumidores não os conheçam e, nesse sentido, considero que não é por desconhecimento ou ingenuidade que se mantém o consumo de uma substância com este potencial de morbilidade e mortalidade.

Assim, a razão de ser deste texto é, não tanto o acesso à informação sobre tabaco, mas o modo como ela é descodificada pelos consumidores. Ou seja, um consumidor de tabaco sabe que este faz mal. Mas sabe com algum rigor o que é que lhe faz mal? Saberá os motivos pelos quais um cigarro pode agredir o seu organismo? Um inquérito recentemente realizado nos Estados Unidos da América sugere que não.

Um exemplo: quando a indústria do tabaco coloca o ênfase na eliminação de aditivos, uma percentagem elevada dos consumidores, mais de metade, assume que esses aditivos são as substâncias mais nefastas do tabaco, o que não podia estar mais longe da verdade.

Na verdade, os malefícios do tabaco resultam da sua combustão. Não são o papel, o filtro, os aditivos ou sequer a nicotina, mas sim a combustão do cigarro que gera novas substâncias químicas perigosas e que concentra outras.

De acordo com este trabalho, as pessoas atribuem aos aditivos este potencial de perigo porque a indústria tabaqueira tende a criar essa percepção.

Um outro exemplo: quando interrogados sobre o significado do filtro dos cigarros, cerca de um terço dos inquiridos acredita que a sua função é reter todas as substâncias perigosas, assim tornando o acto de fumar uma experiência inofensiva. Contudo, os filtros não exibem qualquer função protectora. Eles foram concebidos para tornar as partículas inaladas mais pequenas e facilitar a absorção da nicotina, o que, na prática, aumenta a adição.

Até que ponto serão pertinentes estes aspectos? Alguém deixará de fumar ou começará a fazê-lo em função disto? Como comecei por referir, a maioria das pessoas fuma mesmo sabendo o risco que corre e mesmo sentindo na pele muitos dos malefícios do tabaco. Em muitos casos, mesmo após um episódio agudo de doença relacionada com o tabaco ou agravada por ele, os pacientes não interrompem o consumo.

Portanto, poderá parecer irrisório tentar perceber se as pessoas dão importância aos filtros e aos aditivos.

A questão, no meu entender, tem um alcance distinto. Para lá de se saber que o tabaco causa doenças e pode ser causa de morte, é importante que as pessoas saibam porquê e que não criem uma percepção distorcida sobre uma matéria tão sensível. Isso tem impacto potencial no seu comportamento e na informação que essas pessoas podem veicular a terceiros, como familiares, colegas ou amigos.

Se alguém considerar que são os aditivos os responsáveis pelos malefícios do tabaco, terá inevitavelmente a tentação de mudar para um marca sem aditivos e poderá nem considerar a necessidade de deixar de fumar.

É, por isso, muito importante perceber não apenas que o tabaco faz mal mas como. Sem essa plena informação, os comportamentos já por si difíceis de alterar, tenderão a persistir ou a mudar no sentido errado.

Que fazer?

Por um lado, as campanhas anti-tabaco deverão abordar todos estes tópicos. Para lá do cancro do pulmão, das doenças cardiovasculares e de todas as condições clínicas associadas ao tabagismo, importa lançar luz sobre os mecanismos pelos quais estas doenças surgem. Só assim se evitará que as pessoas mudem de marca pensando que se estão a proteger quando, na verdade, estão somente a ser condicionadas por campanhas de marketing enganosas ou por informação insuficiente.

A informação fornecida pelos fabricantes e pelas autoridades deve ser explícita em relação a estas matérias, permitindo que os consumidores tomem decisões fundamentadas em vez de mudarem de marca ou de pensarem que existem formas seguras de fumar. Porque não há.

As campanhas publicitárias devem ser monitorizadas de modo a se garantir que as mensagens são correctamente veiculadas.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, existem cerca de 1,1 biliões de fumadores em todo o mundo. Embora esse consumo esteja a diminuir em alguns países, ele continua a aumentar nos países mediterrânicos e em África.

Trata-se de um problema com uma enorme dimensão nos planos médico, económico e social e os inúmeros esforços já desenvolvidos não têm permitido erradicar esta “epidemia”.

É de assinalar uma redução ligeira no consumo de tabaco em Portugal, avaliada entre os anos de 2005 e 2014 (dados da DGS, Fevereiro de 2016), de 20,9% para 20,0%. Mas, mesmo assim, só em Portugal morreram 12.000 pessoas durante o ano de 2013 por causas atribuíveis ao tabaco…

Tudo o que puder ser feito para melhorar estas estatísticas é bom. Prestar informação clara, correcta e descomplicada será sempre um dos caminhos a perseguir e poderá contribuir, em conjunto com outras ferramentas, para tornar este hábito, senão menos comum, pelo menos mais esclarecido.

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