Mais de dois milhões e meio de utentes já beneficiaram com programa cheque dentista

O programa foi implementado em 2008 para dar resposta à ausência de cuidados de saúde oral no Serviço Nacional de Saúde e desde então já 2.609.560 utentes beneficiaram com o cheque dentista

No último ano foram utilizados 413.451 cheques dentista, a vertente mais conhecida do Programa de Promoção de Saúde Oral (PNPSO).

Hoje, dia Mundial da Saúde Oral, Orlando Monteiro da Silva, bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) refere que a maior para dos beneficiários do programa são crianças e jovens, especialmente aos sete, 10 e 13 anos.

“O ideal seria até que o programa abrangesse crianças a partir dos três anos. Os resultados do programa na infância são extraordinários e já permitiram a Portugal ultrapassar metas da Organização Mundial de Saúde previstas para os 12 anos em 2020”, adianta o bastonário.

Orlando Monteiro da Silva defende que as crianças que beneficiam dos cheques dentista têm menos cáries, quando tratadas atempadamente, aprendendo a ter uma boa higiene oral. “O que queremos é que esta aposta precoce na saúde oral se estenda depois na vida adulta”, acrescenta.

Na categoria de saúde infantil, para crianças com menos de seis anos, foram utilizados 16.231 cheques dentista, enquanto nas crianças com sete, dez e 13 anos o programa permitiu a realização de 284.664 consultas. A que se somam mais 6.173 nas crianças em idades intermédias, ou seja, oito, 14 e 15 anos.

O programa abrange também portadores de VIH/Sida, que utilizaram 1.375 cheques dentista no ano passado. O programa aplica-se, ainda, a idosos que recebem o complemento solidário, tendo sido usados 7.989 cheques.

O alargamento do programa aos 18 anos começou apenas em março, tendo sido utilizados 1.215 cheques dentistas dos 1.676 emitidos.

“Um número ainda aquém do seu potencial”, como refere o bastonário da OMD, explicando que “é uma situação que se tem repetido sempre que há um alargamento dos beneficiários a novas camadas da população. Os dados referentes ao cheque dentista para os 18 anos estão diretamente relacionados com o facto de ser um programa muito recente”.

O cheque implica uma pró-atividade dos próprios beneficiários para os solicitar, o que faz com que isso muitas vezes não aconteça.

Para Orlando Monteiro da Silva “é preciso reforçar a acessibilidade dos portugueses a cuidados de saúde oral. O PNPSO através do cheque dentista tem, apesar de alguns alargamentos, uma abrangência limitada, e Portugal é, segundo dados do Eurostat, o país da União Europeia onde menos se vai a consultas de saúde oral com todos os custos que isso tem para a saúde em geral. O caso dos diabéticos é o mais conhecido, pela sua ligação à saúde oral, mas também nos doentes cardiovasculares para nomear duas das doenças que mais afetam os portugueses”.

No âmbito do Programa de Intervenção Precoce do Cancro Oral (PIPCO) foram utilizados 1.604 cheques dos quais 756 resultaram em biópsias, um aumento de 18% face a 2015.

Desde o arranque do PNPSO, em 2008, já houve 2.609.560 de utentes beneficiados com o cheque-dentista, tendo utilizado um total de 3.158.251 cheques para consultas nos mais de 8 mil consultórios e clínicas dos 4.491 médicos dentistas que aderiram ao programa.

Comunicado de Imprensa/SO

 

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