3 Fev, 2017

Madeira diz que serviço de cirurgia de ambulatório funcionará em pleno daqui a 3 meses

O serviço de cirurgia de ambulatório do Serviço Regional de Saúde da Madeira (Sesaram) vai estar a funcionar em pleno dentro de três meses, anunciou o secretário regional da tutela

“É um processo que vai rapidamente ser concretizado durante os próximos três meses e funcionar em pleno”, afirmou Pedro Ramos aos jornalistas após uma reunião com o Sindicato dos Enfermeiros da Madeira, no Funchal.

O governante adiantou que têm decorrido reuniões com o conselho de administração do Sesaram e a empresa responsável pelas obras, salientando que chegaram “a um compromisso que permite rapidamente começar a funcionar com a cirurgia de ambulatório e dar oportunidade às especialidades cirúrgicas de aumentarem a sua produtividade e melhorarem os seus indicadores”.

Pedro Ramos apontou que “a maior percentagem em termos de atividade cirúrgica vai ser feita no âmbito do ambulatório”, o que vai permitir diminuir as listas de espera.

“A evolução da lista de espera cirúrgica [na Madeira] foi objeto de profunda reflexão nos últimos seis meses e foi requalificada e redefinida. Passámos de um número assustador [19.500] para um número mais aceitável e setorizado em três vertentes: a cirurgia de ambulatório (6.900), a convencional (9.000) e a pequena cirurgia (1.000)”, argumentou.

O responsável considerou o objetivo de reduzir a lista de espera “é perfeitamente concretizável em pouco tempo”, desde que este serviço “esteja a funcionar como deve ser”.

Segundo o Governo Regional, foi já conseguida uma redução em várias especialidades cirúrgicas, como a oftalmologia, dermatologia, urologia e neurocirurgia.

Falando sobre a falta de enfermeiros no serviço de saúde do arquipélago, o secretário sublinhou que, em 2016, foram contratados 153 profissionais e foi promovida a harmonização salarial. Ainda assim, admitiu, “o número não é o ideal atualmente”.

O executivo madeirense mantém o propósito “executável” de atingir o reforço de “quatro centenas” destes profissionais no serviço de saúde do arquipélago.

O secretário considerou haver um “processo dinâmico” nesta área, provocado pelo surgimento de profissionais com novas formações e tecnologias mais modernas, o que implica “investimentos que devem ser encarados na perspetiva da saúde, na qual os gastos representam sempre ganhos”.

Contudo, Pedro Ramos afirmou ser “impossível concretizar” estes valores.

No Sesaram trabalham cerca de 5.000 profissionais de várias áreas.

LUSA/SO

 

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