9 Dez, 2016

Liga Portuguesa Contra o Cancro nos Açores comemora 50 anos

A sensibilização dos açorianos para a solidariedade e para o voluntariado é um dos principais desafios atuais do Núcleo Regional dos Açores da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), que está a comemorar o seu 50º aniversário

“A comemoração dos 50 anos do núcleo regional dos Açores pretende enfatizar a importância do papel do voluntariado, no âmbito das estruturas organizacionais da sociedade, bem como despertar também a comunidade para as iniciativas que integrem a solidariedade e enriqueçam a humanização dos cuidados em oncologia”, adiantou, em declarações à Lusa, Mónica Martins, secretária-geral do núcleo.

A associação assinala o aniversário na sexta-feira, com uma palestra sobre a humanização de cuidados oncológicos, em Angra do Heroísmo, cidade em que tem a sua sede.

O núcleo regional da LPCC conta atualmente com cerca 1.000 voluntários, tendo, para além da sede na ilha Terceira, delegações nas ilhas de São Miguel e do Faial.

“Tem havido cada vez mais uma maior articulação entre os serviços dos hospitais e o núcleo regional dos Açores”, revelou Mónica Martins.

Os vários projetos que a Liga Portuguesa Contra o Cancro nos Açores desenvolve de apoio aos doentes oncológicos, de prevenção da doença e de estímulo à investigação científica exigem a angariação de fundos, mas nem só com dinheiro se pode apoiar a causa.

“Os portugueses, e em particular os açorianos, são pessoas bastante solidárias. Sem dúvida que a angariação de fundos é muito importante para desenvolvermos as nossas áreas de missão. Se houver um envolvimento humano nos cuidados à doença oncológica então teremos uma resposta muito mais eficaz”, salientou a secretária-geral do núcleo.

As verbas são angariadas no peditório anual, mas também no projeto “Um dia pela vida”, que pretende acima de tudo mudar a atitude da comunidade face à doença.

Para a secretária-geral do núcleo, é importante também dar a conhecer os apoios disponíveis à população, até porque o cancro é uma doença que atinge todos os setores etários, sociais e geográficos da sociedade.

“Hoje em dia não há nenhuma família que não tenha sido tocada por esta doença. Penso que temos de estar todos despertos”, salientou.

O núcleo regional da LPCC presta apoio social aos doentes oncológicos, orientado por uma assistente social, em alimentação, medicação e produtos associados à doença, mas tem também consultas de psico-oncologia e movimentos de entreajuda.

No âmbito do apoio à investigação e formação em oncologia, a associação apoia a participação de profissionais de saúde em congressos nacionais e atribui todos os anos uma bolsa de investigação de 1500 euros.

Outra das missões da liga é a prevenção e por isso o núcleo promove programas de educação para a saúde e divulga o Código Europeu Contra o Cancro, uma lista de 12 conselhos, que defende, entre outras medidas, a rejeição de tabaco e álcool, a adoção de uma alimentação saudável, a prática de exercício físico e a participação em programas de rastreio.

“O lema é ‘contra o cancro, todos os conselhos contam’. Através da adoção de estilos de vida saudáveis permite-se evitar alguns tipos de cancro e melhorar a saúde em geral”, salientou Mónica Martins.

LUSA/SO

 

 

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