21 Dez, 2017

Jogos de realidade virtual ajudam a melhorar função motora em crianças com paralisia cerebral

Num artigo publicado no "Physical Therapy", os autores afirmam que estes jogos ajudam as crianças com paralisia cerebral a melhorar a função do membro superior, a deambulação e o controle da postura.

“A utilização de um sistema de realidade virtual criado por engenheiros pareceu ter um efeito melhor, mas os sistemas de realidade virtual disponíveis comercialmente também produzem algum efeito, e podem ser uma boa alternativa”, diz Yuping Chen, a autora principal, da Georgia State University, em Atlanta.

A equipa procurou ensaios clínicos randomizados com crianças com paralisia cerebral até dezembro de 2016, comparando sistemas de realidade virtual e jogos a outras intervenções para esta população – e contendo a descrição dos resultados relacionados com a função motora. Foram selecionados 19 estudos com 504 crianças, entre os 5 e os 12 anos.

Para a análise, foi criado um modelo para codificar sistematicamente as variáveis demográficas, metodológicas e outras de cada ensaio clínico e, posteriormente, usaram os dados do Physiotherapy Evidence Database para avaliar a qualidade do estudo.

Os tipos de realidade virtual a que os investigadores recorreram foram a Wii da Nitendo, o EyeToy da Playstation, o Kinect do Xbox, o GestureXtreme, jogos pela internet e sistemas criados por engenheiros. As sessões variaram de 20 a 90 minutos, de uma vez por semana a diariamente, durante períodos de quatro a 20 semanas.

As intervenções de realidade virtual tiveram um grande efeito, quando comparadas com outras intervenções, na função dos membros superiores (d=0,835), no controlo da postura (d=1,003) e na deambulação (d=0,755).

Os sistemas de realidade virtual criados por engenheiros foram largamente mais eficazes do que os sistemas comerciais (d=1,571 e d=0,628, respetivamente).

Medscape/SO

 

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