26 Jan, 2018

Hospital de Portalegre falha em dar resposta “eficiente e eficaz” por falta de médicos

A presidente do município de Portalegre, Adelaide Teixeira, alertou hoje para a falta de médicos no hospital da cidade, defendendo que a unidade deveria funcionar como um hospital distrital para dar resposta “eficiente e eficaz” às pessoas.

“Esta é uma situação que se vem agravando e que, evidentemente, não agrada a ninguém, sendo que a saúde é fundamental. É uma área que nós não podemos descurar”, afirmou a autarca, em declarações à agência Lusa.

Adelaide Teixeira, eleita por um movimento independente, defendeu que a unidade de saúde de Portalegre “tem de funcionar como hospital distrital” e tem de ter as valências que sejam necessárias para dar resposta “eficiente e eficaz” às pessoas do distrito.

A título de exemplo, a autarca considerou “inadmissível” que já tenham ocorrido casos, aos fins de semana, de falta de especialistas em ortopedia, oftalmologia, obstetrícia ou ginecologia.

Eleita pelo movimento Candidatura Livre e Independente por Portalegre (CLIP), Adelaide Teixeira assegurou que está “atenta a esta situação” e a “tentar encontrar soluções” para ajudar a resolver o problema da falta de médicos, que se estende, também, a determinadas extensões de saúde nas freguesias rurais.

“Uma das soluções que a câmara já preconizou foi a de arranjar algumas residências para ser mais atrativa a vinda de médicos para Portalegre, mas achamos que, de facto, as coisas não estão a melhorar”, disse.

Além de terem já sido aprovadas moções, em reuniões da Assembleia Municipal de Portalegre, em defesa de melhores cuidados de saúde, a autarca defendeu que devem ser tomadas “outras medidas” para solucionar o problema

“Vou pedir uma reunião com o presidente da Administração Regional de Saúde do Alentejo, para o sensibilizar, e vou subir na cadeia até ao senhor ministro, mas espero que não seja necessário”, declarou.

Reconhecendo “o bom relacionamento” que mantém com a Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA), Adelaide Teixeira admitiu o facto de a região de Portalegre estar situada num território “extremamente vasto”, com “pessoas com um nível etário muito elevado”.

A Lusa tentou obter uma reação da administração da ULSNA sobre a falta de médicos, mas o porta-voz da unidade, Ilídio Pinto Cardoso, informou que os responsáveis não iriam fazer quaisquer comentários.

Fonte: LUSA/SO

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