2 Dez, 2016

Hospitais preparados para enfrentar inverno

O ministro da Saúde assegura que a resposta ao esperado aumento da procura dos cuidados de saúde no Inverno começou a ser preparada na Primavera, e que tudo está a ser feito para este período decorrer com normalidade

Adalberto Campos Fernandes falava na sequência de um alerta da Ordem dos Médicos sobre um eventual “risco de rutura nas escalas médicas em Dezembro”. O ministro disse que os portugueses “têm razões para confiar nos profissionais, nos hospitais e nas Administrações Regionais de Saúde”.

“As coisas estão a ser feitas com preparação e com ponderação”, afirmou o ministro, recordando que a resposta ao inverno está a ser preparada desde a primavera.

Nesta altura do ano, lembrou o ministro, a procura dos cuidados de saúde aumenta 30 por cento.

Adalberto Campos Fernandes acredita que a resposta atual passa por “uma lógica de partilha de recursos, de afiliação, de entreajuda entre os hospitais. A urgência metropolitana de Lisboa está a funcionar bem”, disse.

As preocupações do ministro centram-se no facto de Portugal ter “uma população muito idosa, muito envelhecida, muito empobrecida”.

“A nossa obrigação é estarmos preparados. Os planos de contingência foram aprovados em agosto e há profissionais que estão a ser deslocados de uns hospitais para outros, mesmo de forma voluntária”.

Segundo o DN, citando a Ordem dos Médicos, “há hospitais que não estão a conseguir ter médicos suficientes para completar as escalas de dezembro”.

“Se o problema não for resolvido o risco de rutura das urgências aumenta”, prossegue a notícia do DN.

Adalberto Campos Fernandes responde: “Nesta altura do ano há uma grande pressão sobre os cuidados de saúde e estamos a fazer tudo para que o inverno decorra com normalidade”.

Sobre um eventual pedido aos profissionais para não gozarem férias neste período, o ministro limitou-se a dizer que esta é “uma matéria que depende dos conselhos de administração e das direções clínicas”.

O SNS conta hoje com “mais 3.200 profissionais de saúde do que há um ano atrás, temos mais camas hospitalares, mais meios financeiros”.

“A situação está a decorrer até agora com normalidade”, assegurou.

Sobre a avaliação externa que vai nascer da declaração assinada esta quarta-feira, o ministro referiu que “vai permitir avaliar o verdadeiro impacto da crise na saúde das pessoas e no sistema da saúde”.

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