“Football is Medicine”: O futebol pode ser (mesmo) o melhor remédio

Fotos: Diogo Pinto (FPF)

Durante os dois dias, especialistas de todo o mundo discutiram as novas evidências da prática recreativa de futebol como ferramenta na prevenção e tratamento de doenças não transmissíveis. Entre eles, esteve Peter Krustrup, docente e investigador na Universidade da Dinamarca do Sul, que partilhou os principais resultados de 15 anos de investigação na área. O investigador salientou que a prática recreativa do futebol é uma “combinação eficaz de treino de resistência, treino aeróbico de alta intensidade e treino de força”. Peter Krustrup deixou claro que “o conceito de futebol recreativo – “Football Fitness” – é apelativo para adultos sem prática de treino em todos os períodos de vida, independentemente do sexo, nível de preparação física, competências e experiência futebolística anterior”.

Bent Clausen, vice-presidente da Associação Dinamarquesa de Futebol, reforça que este conceito está a surgir como uma nova vertente de futebol na Dinamarca, sendo que “mais de 300 clubes já o implementaram”, revela.

Atualmente, na Dinamarca, estão a ser desenvolvidos projetos dirigidos a crianças e adultos com base no futebol recreativo. “11 for Health” é um programa de 11 semanas, do qual quase metade das escolas dinamarquesas fazem parte, onde os mais novos têm 22 sessões de futebol recreativo que consistem na prática desportiva e, também, na transmissão de mensagens-chave sobre temas como alimentação saudável, higiene e bem-estar social. “A atividade física é a chave na prevenção da obesidade infantil e o futebol, quando organizado de forma recreativa, consegue motivar as crianças a serem mais ativas”, afirmou Peter Krustrup.

SO/Sara Fernandes