26 Dez, 2016

Falta de médicos afeta milhares de utentes em Salvaterra de Magos

neste momento, "66 por cento da população do concelho de Salvaterra de Magos está sem médico de família, sendo o problema minimizado pelos médicos estrangeiros contratados", aponta a autarquia

O presidente da Câmara de Salvaterra de Magos, Hélder Esménio, alertou hoje que a falta de médicos no concelho “é crítica” e que mais de 16 mil pessoas podem ficar sem assistência a partir de janeiro de 2017.

Em comunicado, o autarca considera que “a situação não é nova” e, neste momento, “66 por cento da população do concelho de Salvaterra de Magos está sem médico de família, sendo o problema minimizado pelos médicos estrangeiros contratados”, que a autarquia tem ajudado a fixar, nomeadamente, com a oferta de alojamento.

O problema, segundo Hélder Esménio, assenta na “recente saída de um médico que dava consultas no centro de Saúde de Salvaterra de Magos” e a “entrada de outro que, entretanto, pediu para sair em regime de mobilidade”.

No comunicado, é sublinhado que “as extensões de saúde de Glória do Ribatejo (que serve as populações de Glória, Granho e Muge e onde estão duas médicas estrangeiras contratadas para um total de 5.500 pessoas) e Foros de Salvaterra (onde está um médico reformado a meio tempo para 5.000 utentes) poderão vir a encerrar por falta de médicos”.

Já o centro de saúde de Salvaterra de Magos “poderá vir a funcionar parcialmente com apenas um médico” (para cerca de 5.500 utentes), é ainda referido no documento.

A Câmara de Salvaterra de Magos manifesta no documento a sua “profunda desilusão” pelo facto de a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo ter aceitado “a mobilidade de médicos de família que foram colocados no concelho” e refere, ainda, que o concelho “não tem merecido a devida atenção por parte do Instituto Nacional de Emergência Médica” (INEM).

“A primeira ambulância do INEM colocada no concelho tinha 14 anos de vida e foi substituída por uma que veio já com nove anos, encontrando-se muitas vezes inoperacional e deixando a nossa população entregue ao socorro de ambulâncias do INEM sediadas em concelhos vizinhos”, critica o presidente da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos.

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