Falência intestinal devida a síndrome de intestino curto: uma entidade rara e altamente debilitante
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Falência intestinal devida a síndrome de intestino curto: uma entidade rara e altamente debilitante

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A falência intestinal, caracterizada pela incapacidade de se manter uma nutrição adequada por via intestinal, pode ser subdividida em 3 grupos: aguda, habitualmente autolimitada, de pequena duração e que surge no pós-operatório; subaguda, dos doentes instáveis do ponto de vista metabólico, geralmente séticos  e que necessitam de nutrição artificial prolongada; e crónica, que requer   uma alimentação parentérica de longa duração, surgindo em doentes metabolicamente estáveis mas incapazes de manter uma adequada absorção dos alimentos ou nutrientes por via intestinal.

A síndrome de intestino curto é um subgrupo da falência intestinal crónica, uma entidade rara que resulta geralmente de resseções intestinais extensas realizadas em contexto de isquemia mesentérica, doença de Crohn ou enterite rádica, ou ainda de situações de oclusão intestinal causadas por neoplasias inoperáveis e com disseminação peritoneal, necessitando como terapêutica de base uma nutrição parentérica prolongada, realizada idealmente em regime domiciliário.

Embora exista, nos casos de resseção extensa, um mecanismo fisiológico adaptativo de absorção intestinal, este demora meses a estabelecer-se, é geralmente parcial, e depende da quantidade e qualidade do intestino remanescente. Assim sendo, a nutrição parentérica prolongada continua a ser a terapêutica de suporte, permitindo a sobrevivência deste grupo de doentes.

No entanto, esta forma de terapêutica não é isenta de complicações graves, como a infeção e trombose dos acessos venosos centrais, distúrbios metabólicos e falência hepática. O risco de mortalidade nestes casos pode atingir os 10 a 15 % quando este tipo de nutrição se prolonga por um período superior a dois anos.

Neste cenário é fundamental criar condições para a realização de uma nutrição parentérica domiciliária, para além de otimizar e aumentar a função do intestino remanescente. Para tal é necessário que se estabeleça um programa de nutrição parentérica domiciliária sustentável e eficaz, com equipas multidisciplinares de apoio com alto nível de especialização e com interesse particular nesta patologia. É necessário um programa de ensino do doente e simultaneamente um suporte técnico, económico e logístico hospitalar, de forma a conseguir-se o acesso a fármacos passíveis de aumentar a capacidade absortiva do intestino (teduglutido) e que seguramente irão a curto prazo revolucionar a terapêutica base da síndrome de intestino curto.

Só desta forma é possível proporcionar ao doente e à sua família uma qualidade de vida e uma equidade no acesso aos cuidados de saúde idênticas à de outras patologias que usufruem de um estatuto especial com financiamento próprio.

O Centro Hospitalar do Porto é uma instituição pública que tem conseguido nos últimos 25 anos manter um programa de nutrição parentérica domiciliária para este tipo de doentes, apesar da manifesta falta de apoio específico governamental para esta patologia tão grave e incapacitante.

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