Escola de Enfermagem da UMinho em greve de avaliações
Os docentes recusam-se a acompanhar os estudantes nas horas práticas em contexto hospitalar por considerarem que estão numa "situação ilegal" e que estes são "usados como "enfermeiros gratuitos" em unidades de saúde
Os docentes da Escola Superior de Enfermagem da Universidade do Minho decretaram, ontem, greve às avaliações dos estudantes em Ensino Clínico, o que pode impedir que terminem o curso, alertou o Sindicato Nacional do Ensino Superior.
João Macedo, representante dos docentes, explicou que a greve às avaliações é uma “extensão” à greve que os docentes já estão a cumprir nas unidades curriculares de Ensino Clínico, recusando-se a acompanhar os estudantes nas horas práticas em contexto hospitalar por considerarem que estão numa “situação ilegal” e que são “usados como “enfermeiros gratuitos” em unidades de saúde.
Segundo afirmou João Macedo, “é muito fácil e indolor” acabar com o protesto, bastando para isso que a reitoria ou a presidência da escola “passe para um memorando” de entendimento com o sindicato a solução encontrada para fazer face aos docentes em greve.
“A solução que encontraram, até ao arrepio da lei, foi contratar mais docentes – enfermeiros – para substituir os profissionais em greve. O que nós queremos, e não houve abertura por parte nem do reitor nem da presidente da Escola, é que essa solução seja passada a escrito”, apontou.
O docente realçou que os professores não pretendem prejudicar os alunos, mas alertou que o alargamento da greve pode ter consequências para os estudantes.
“Temos cerca de 400 alunos em Ensino Clínico. Se as notas ficarem retidas, não forem lançadas, há alunos que podem não transitar de ano ou até terminar a sua licenciatura”, disse.
LUSA/SO