Enfermeiros em greve nacional hoje e sexta-feira
Os enfermeiros exigem a reposição do valor integral das horas de qualidade e horas extraordinárias, “cujos cortes de 50% eram para vigorar apenas durante o plano de assistência financeiro”. Devido à greve, os serviços de enfermagem nas unidades de saúde públicas estão reduzidos a serviços mínimos, o que deverá afetar tratamentos, vacinas ou cirurgias programadas
Os enfermeiros iniciam às 08:00 de hoje uma greve em todo o país, que se repete na sexta-feira, para exigir, nomeadamente, a reposição das 35 horas de trabalho para todos os profissionais.
Os serviços de enfermagem nas unidades de saúde públicas estão reduzidos hoje e sexta-feira a serviços mínimos, o que deve afetar tratamentos, vacinas ou cirurgias programadas.
O Sindicato dos Enfermeiros (SEP), que convoca esta greve, luta pela aplicação das 35 horas para todos os profissionais, pela progressão na carreira, pelo pagamento a 100% das horas penosas e extraordinárias e pela admissão de mais enfermeiros.
Os sindicalistas dizem-se cansados das reuniões inconclusivas com a tutela e do arrastar da situação laboral dos enfermeiros, que consideram injusta e incomportável, além de julgarem que coloca em causa a segurança e qualidade dos serviços de saúde prestados.
Os enfermeiros exigem a reposição do valor integral das horas de qualidade e horas extraordinárias, “cujos cortes de 50% eram para vigorar apenas durante o plano de assistência financeiro”.
Querem também o pagamento do trabalho extraordinário e incentivos aos enfermeiros que trabalham nas USF modelo B, “face àquilo que são os milhares de horas a mais por carência de enfermeiros”.
O SEP exige ainda a “abertura imediata de concurso nacional para as ARS [Administrações Regionais de Saúde], com vista a admitir 2.000 enfermeiros e o aumento de contratação para os hospitais, e de 4.000 enfermeiros para 2017”.
LUSA