21 Fev, 2018

Despacho publicado hoje abre concurso para 110 médicos de família

O Governo vai publicar hoje em Diário da República o despacho que permite abrir concurso para médicos de medicina geral e familiar que concluíram o internato em finais do ano passado.

No despacho, o “Ministério da Saúde fica autorizado a desenvolver procedimento concursal simplificado” para contratos de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado para 110 médicos de família. Mantêm-se ainda por abrir os concursos para mais de 700 médicos recém-especialistas da área hospitalar que concluíram a especialidade há cerca de 10 meses, o que tem sido alvo de contestação por parte de sindicatos médicos e da Ordem que representa estes profissionais.

“Face à premência de que se reveste a contratação de médicos na área profissional de medicina geral e familiar, nomeadamente, os que concluíram a respetiva formação médica especializada na 2.ª época de avaliação final do internato médico de 2017, (…) entende-se que devem desde já ser criadas as condições que permitam o recrutamento dos médicos especialistas aqui em causa”, refere o diploma conjunto dos ministros da Saúde e das Finanças, que será hoje publicado em Diário da República.

Na semana passada, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes tinha afirmado publicamente que tinha já assinado o despacho para a contratação destes 110 médicos de medicina geral e familiar.

No início deste mês, um grupo de médicos recém-especializados em medicina geral e familiar que aguardava pela sua colocação há cerca de quatro meses escreveu uma carta aberta ao ministro a protestar contra a demora na abertura dos concursos.

Um outro grupo de médicos, recém-especialistas na área hospitalar e de saúde pública, começou esta semana a enviar também cartas abertas a contestar o atraso na abertura dos concursos, depois de terem terminado a sua especialidade há quase 10 meses.

São mais de 700 médicos nesta situação e que contam com o apoio da Ordem dos Médicos, que considera este atraso como “uma vergonha e um drama nacional”, tendo em conta os utentes que aguardam por consultas hospitalares e por cirurgias.

LUSA/SO

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