20 Set, 2016

“Degradação” dos cuidados de saúde em Portalegre preocupa PCP

O PCP de Portalegre está  preocupado com a “degradação” dos cuidados de saúde prestados pela Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA), afirmando ser “indisfarçável” de recursos humanos

“É cada vez mais indisfarçável a falta de recursos humanos, nomeadamente de médicos, enfermeiros e assistentes operacionais”, alertou a Direção da Organização Regional de Portalegre (DORPOR) do PCP, em comunicado.

Os comunistas relatam que, no último concurso aberto para colocação de médicos na ULSNA, “em 25 vagas abertas foram preenchidas apenas duas”.

“É manifestamente insuficiente, nomeadamente em especialidades, particularmente carenciadas na nossa região, como cardiologia, anestesiologia e radiologia, perpetuando, desta forma, a enorme dependência da ULSNA de empresas prestadoras de serviços médicos”, lê-se no documento.

A falta de enfermeiros e de assistentes operacionais no distrito de Portalegre é outra das situações que o PCP considera que “assume contornos de escândalo”.

Segundo os comunistas, a falta de profissionais já provocou o “encerramento de camas hospitalares” e o “adiamento de cirurgias programadas, consultas externas e a realização de exames complementares de diagnóstico”.

“É cada vez mais preocupante a acentuada degradação da qualidade dos serviços prestados, nomeadamente no que diz respeito às refeições servidas aos doentes, o que tem originado um número cada vez maior de queixas dos utentes e mesmo dos próprios profissionais da ULSNA”, lê-se ainda no comunicado.

A DORPOR do PCP manifesta também o seu “repúdio” e “desagrado” pela “perpetuação” da gestão da ULSNA, considerando-a “contrária” aos interesses da população.

A Lusa tentou obter uma posição da administração da ULSNA, mas o porta-voz, Ilídio Pinto Cardoso, informou que os responsáveis não iriam fazer qualquer comentário.

LUSA

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