Conselho Regional do Sul pede soluções urgentes para Hospital de Santarém

Entre as situações mais graves está a dos doentes de ortopedia que aguardam cirurgias há várias semanas, colocando em risco a violação de critérios clínicos e assistenciais.

Estas situações têm sido denunciadas sistematicamente ao longo de vários meses pelos médicos do Hospital de Santarém, que pedem tempos operatórios para poderem realizar as cirurgias nestes doentes.

Em causa está o encerramento do bloco operatório há cerca de 3 anos, só tendo as obras sido iniciadas em maio de 2017. Situação que o CRS considera incompreensível, uma vez que “existiam verbas destinadas a este bloco desde final de 2015”, declara em comunicado.

A redução dos tempos operatórios tem causado problemas em vários serviços do hospital, sendo o de Ortopedia o mais prejudicado. Sabe-se que estão 17 doentes internados à espera para cirurgias.

Ontem, o presidente do CRS,  Alexandre Lourenço, juntamente com o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Roque da Cunha, e a dirigente do Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS), Marta Ventura, visitou vários serviços do Hospital de Santarém e reuniu com os médicos para ouvir e tomar nota das suas preocupações. Alexandre Lourenço esteve também com o Conselho de Administração e com a diretora clínica.

Problemas como o défice de capacidade do bloco operatório, o quadro clínico reduzido e envelhecido e o consequente recurso a empresas de contratação de pessoal médico são os mais significativos apontados pelos médicos. Segundo estes, o Conselho de Administração não apresenta soluções para os resolver. Esta situação poderá vir a desencadear uma avaliação da idoneidade por parte do CRS.

O CRS afirma que irá acompanhar o processo com especial atenção na defesa do garante da qualidade da medicina e da defesa de condições para que todos os médicos continuem a prestar cuidados de alto nível.

SO/SF

 

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