23 Fev, 2017

Cientistas estão mais perto de acabar com constipações

Os cientistas descobriram que os detalhes do mecanismo de descodificação eram idênticos em todas as estirpes de vírus, o que permitia que apenas um único fármaco os tratasse a todos, algo que não era possível com uma vacina

Cientistas das universidades de York, Leeds e Helsínquia dizem estar cada vez mais perto de descodificar o vírus da constipação, responsável também pelo pólio e febre aftosa.

Os resultados da investigação revelam o funcionamento de um “código oculto” no genoma do “parechovirus” humano, da família dos “picornavírus”, que consistem em pequenos vírus ARN, propensos a mutações genéticas.

O trabalho, cujos resultados foram publicados hoje na revista Nature Communications, baseia-se numa descoberta feita em 2015, quando cientistas das universidades de Leeds e York (Reino Unido) identificaram um conjunto de sinais “encriptados” no vírus de uma planta similar à estrutura do vírus que causa nos humanos doenças com a meningite.

A equipa está a procurar potenciais medicamentos antivirais que ataquem o mecanismo de encriptação. Reidun Twarock, biólogo e matemático de York, explicou que até agora os cientistas assumiam que os sinais que regulam a montagem de um vírus estavam localizados numa única área do genoma. O estudo sugere que o mecanismo depende de locais dispersos.

“A constipação comum infeta mais de dois mil milhões de pessoas por ano, tornando-a um dos agentes patogénicos com mais sucesso”, disse o responsável.

Ao descobrir o “código escondido” responsável pela formação do vírus é possível lutar contra ele, como explica Peter Stocley, da universidade de Leeds. “A codificação funciona comos as rodas dentadas de um relógio suíço. Precisamos agora de um medicamento que tenha o mesmo efeito que o de mandar areia para dentro do relógio. Todo o mecanismo viral podia ser desativado”.

LUSA/SO

 

Gedeon Richter

 

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