Cabo Verde estuda adoção de programa universal de vacinação contra a febre-amarela

O ministro reconheceu que se trata de um programa que "tem os seus custos" e que há ainda que fazer "todo um trabalho de negociação", mas assegurou que é nesse sentido que as autoridades cabo-verdianas pretendem ir

O ministro da Saúde de Cabo Verde, Arlindo do Rosário, disse, ontem numa conferência sobre a segurança sanitária, desenvolvimento económico e setor do turismo, que o país está a estudar com as organizações de saúde internacionais a adoção de um programa de vacinação universal contra a febre-amarela.

Devido à epidemias de febre-amarela em Angola e no Brasil, Cabo Verde reforçou recentemente as medidas de controlo nas fronteiras, exigindo aos passageiros o cartão de vacina internacional, mas o ministro da Saúde quer alargar a proteção a toda a população.

“A febre-amarela tem vacina. Temos até agora feito a vacinação de grupos com maior risco, nomeadamente os viajantes, e vamos alargar aos profissionais de saúde e seus familiares. Estamos também a discutir com a Organização Mundial da Saúde e com a Organização da Saúde Oeste-Africana a possibilidade de virmos a adotar um programa de vacinação em massa”, disse.

Lembrou que Cabo Verde fica entre o Brasil e Angola e que existe no país o mosquito transmissor da doença, o “Aedes aegypti”, o mesmo responsável pela transmissão da Dengue, Chikungunya e Zika.

Nesse sentido, apelou para a colaboração das populações para que reforcem as medidas que permitam reduzir a proliferação de mosquitos, nomendamente, mantendo limpa a área circundante das habitações e evitando a acumulação de águas em condições que possam desenvolver mosquitos.

LUSA/SO

 

Gedeon Richter

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