26 Out, 2017

Brasil: Quinze parques encerrados como medida de prevenção contra febre-amarela

Quinze parques já foram encerrados pelas autoridades de São Paulo como medida de prevenção contra a febre-amarela, que atingiu fortemente outros estados brasileiros este ano, divulgou hoje a imprensa brasileira.

De acordo com o portal de notícias G1, a partir de hoje o município de São Paulo passa a ter 15 parques fechados, todos na zona norte, como medida preventiva contra a febre-amarela. Esta ação preventiva acontece depois da confirmação da morte de um macaco com a doença no Horto Florestal, que fica na zona norte da cidade de São Paulo.

As autoridades estaduais e municipais recomendam a vacinação da população desta região do município. O Ministério da Saúde já disponibilizou 1,5 milhões de doses extras da vacina para reforçar o ‘stock’ de São Paulo.

Estas medidas oficiais ocorrem cerca de um mês e meio depois de o ministro da Saúde, Ricardo Barros, ter declarado o fim do pior surto da doença registado no Brasil desde 1980 – de dezembro a junho, tendo sido confirmados 777 casos e 261 mortes pelo vírus.

Já estavam fechados cinco parques (dois estaduais e três municipais) em São Paulo e, a partir de hoje, somam-se mais dez, que ficarão encerrados por tempo indeterminado.

A medida foi tomada porque estas áreas podem ter a presença do mosquito transmissor do vírus da febre-amarela, informou a secretaria municipal do Verde e Meio Ambiente.

Até quarta-feira, já foram vacinadas 86.674 pessoas nos bairros mais próximos aos parques.

Trinta e sete Unidades Básicas de Saúde (UBS) estarão a vacinar a população contra a febre-amarela, podendo ainda ser expandido o número de unidades, segundo a secretaria municipal da Saúde.

De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor da febre-amarela é principalmente o mosquito Haemagogus. Já no meio urbano, a transmissão acontece através do mosquito Aedes Aegypti (o mesmo da dengue).

A infeção acontece quando uma pessoa que nunca tenha contraído a febre-amarela ou tenha sido vacinada circula em áreas florestais e é picada por um mosquito infetado. Ao contrair a doença, a pessoa pode tornar-se fonte de infeção para o Aedes Aegypti no meio urbano.

Além dos humanos, a infeção pelo vírus também pode ocorrer em outros vertebrados. Os macacos podem desenvolver a febre-amarela silvestre de forma não aparente, mas ter a quantidade de vírus suficiente para infetar mosquitos. A doença não passa, diretamente, de pessoa para pessoa e nem de macacos para as pessoas.

LUSA/SO/SF

Gedeon Richter

 

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