3 Fev, 2017

ADSE terá mais 500 mil beneficiários até ao fim da legislatura

Alargar a cobertura a cônjuges, descendentes e trabalhadores com contrato de trabalho em funções públicas leva total a ultrapassar 1,7 milhões.

O número de beneficiários da ADSE deverá crescer em meio milhão até ao final a actual legislatura, em 2019, devido às decisões de alargar a cobertura do sistema de assistência na doença dos servidores do Estado aos seus cônjuges, descendentes e ao “vasto número” de trabalhadores com contrato individual de trabalho em funções públicas, que até aqui estavam excluídos.

Os dados são do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, que os revelou no último encontro do International Club of Portugal. Este aumento projectado representa um crescimento de cerca de 40% do número de beneficiários, face aos 1,25 milhões de beneficiários inseridos no sistema em 2015, segundo dados da Pordata.

A ADSE tem sido alvo de transformação na vigência do actual executivo, tendo inclusive sido transformada de Direção-Geral de Proteção Social aos Trabalhadores em Funções Públicas para Instituto de Proteção e Assistência na Doença.

Naquele que foi o segundo almoço-debate de 2017, uma iniciativa de que o Jornal Económico é parceiro, Adalberto Campos Fernandes elencou os resultados da sua gestão na Saúde, sublinhando, por um lado, a execução orçamental, e, por outro, o crescimento dos cuidados prestados.

“Apesar do ponto de partida, negativo, marcado pelas dificuldades acumuladas entre 2011 e 2015, terminámos 2016 com o melhor saldo de sempre de execução orçamental e sem agravar a dívida”, afirmou o ministro, acrescentando que esta evolução “contribuiu, também, para o sucesso das contas públicas”.

Campos Fernandes destacou, no entanto, que, apesar do aperto financeiro, “bateram-se recordes em todos os níveis de cuidados e em todas as áreas de intervenção”.

“2016 foi o ano mais produtivo de sempre em termos de atividade assistencial, quer em número de consultas hospitalares e nos centros de saúde, quer ainda no número de doentes operados e de intervenções em ambulatório, que representaram cerca de 60% do total das intervenções realizadas”, sustentou.
Mas não só, o ministro classifica o que passou como um “ano de fartura” de recursos humanos e de resultados assistenciais: “Tivemos o maior número de sempre de médicos de família e o menor de utentes sem médico”.

Bateram-se ainda recordes absolutos em número de dadores de órgãos por milhão de habitantes, tendo Portugal alcançado a quarta melhor posição a nível mundial neste indicador.

Exportações Crescem 20%
Adalberto Campos Fernandes destacou, também, o desempenho das exportações de medicamentos, que terão crescido 20% no ano passado, mantendo a tendência de crescimento constante que se verifica, pelo menos, desde 2008, e voltando a bater um recorde, chegando aos 1,2 mil milhões de euros.
Questionado, o ministro da Saúde abordou também o tema da qualidade e da gestão dos sistemas de informação no sector. Campos Fernandes diz que a reforma do Estado cabe numa folha A4, com uma única indicação: “Transformação Digital”.

O governante diz que esta transformação está “associada à transparência e à simplificação permitirá que o sistema se module para uma prática de modernidade”. Garantiu, também, que haverá maiores restrições no acesso a dados dos doentes, para garantir a sua privacidade.

MM/SO

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