6 Dez, 2019

Caso de pinça esquecida em paciente resolvido 25 anos depois

O caso, que remonta a 1988, originou uma série de queixas por parte da família, que vai ser agora indemnizada em 32.500 euros.

Há 25 anos, aconteceu mais um caso de um objeto cirúrgico esquecido no abdómen de um homem. Volvidas duas décadas e meia do acontecimento, e uma cirurgia para remover o dito objeto que culminou na morte do paciente, o seu descendente recorreu a tribubal alegando morte por negligência e irá agora receber uma indemnização de 32.500 mil euros.

O caso remonta a 1988 quando o sujeito em causa foi alvo de intervenção cirúrgica para extrair um rim no Hospital de São João, no Porto. À data tudo parecia correr de acordo com o esperado no período pós-cirúrgico, ainda que o indivíduo, de 63 anos, pai de António Silva (que apresentou a queixa por neglicência), se tivesse manifestado por várias vezes um persistente mal-estar.

Em 1994, de acordo com o Jornal de Notícias, o homem foi novamente operado para que o objeto fosse retirado do seu abdómen. Essa cirurgia originou uma grande hemorragia que acabou por ditar o óbito do pai de António Silva.

A pinça, detetada na sequência das queixas do paciente, esteve seis anos no seu corpo, desde a altura em que foi submetido a intervenção cirúrgica para extrair o rim esquerdo e a altura em que foi operado para retirar o objeto.

Por esse motivo, a família avançou para uma batalha judicial, marcada por decisões contraditórias de diversos tribunais portugueses, tendo acabado com o recurso ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (TEDH) e, agora, num entendimento com o Estado.

O Estado português aceitou pagar 32.500 euros à família do indivíduo.

EQ/SO

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