IPO de Lisboa com dificuldades em contratar médicos
O Serviço de Dermatologista é um dos mais afetados e está a funcionar atualmente apenas com três médicas. Doente de 90 anos viu consulta adiada por um ano.
As dificuldades para contratar médicos alastram e é agora a vez do IPO de Lisboa sentir dificuldades na contratação de especialistas. O Serviço de Dermatologista é um dos mais afetados (aliás, a falta de dermatologistas é um problema comum aos hospitais públicos de quase todo o país), e está a funcionar atualmente apenas com três médicas.
Segundo avança, ao Jornal de Notícias, o diretor clínico do IPO Lisboa, existem duas médicas a tempo parcial e uma assistente hospitalar no serviço de Dermatologia. Com o serviço desfalcado, o IPO vê-se obrigado a adiar consultas. Ontem, circulou nas redes sociais uma carta enviada no início de Novembro pelo IPO, adiando, para daqui a um ano, uma consulta de um homem de 90 anos ( de Janeiro de 2020 para Janeiro de 2021).
IPO. Consulta adiada para 2021.
Vou repetir: IPO, consulta adiada para 2021. #socialismo https://t.co/zPAGxUlQEz— isabel santiago (@isabelsantiago_) 20 de novembro de 2019
Perante o alarme causado, o IPO deu a este idoso a possibilidade de ser seguido pelo departamento de dermatologia do Hospital dos Capuchos, que, em teoria, será mais célere a responder. Isto apesar de o IPO ter justificado o adiamento de 12 meses com o facto de não se tratar de um doente oncológico.
A instituição tem pedidos pendentes no Ministério da Saúde e das Finanças para o reforço de várias especialidades.
O presidente do conselho de administração do Instituto Português de Oncologia admitiu que existe carência de médicos, mas que a situação está a ser contornada. João Oliveira realça que o problema da falta de meios é generalizado no SNS.
TC/SO