9 Out, 2019

Casos de violência contra médicos e enfermeiros voltam a aumentar

Metade das vítimas são enfermeiros e 20% dos agressores são outras profissionais de saúde. Barreira das mil denúncias deve ser ultrapassada este ano, pela primeira vez.

É uma tendência (preocupante) que se vem consolidando em Portugal. Nos últimos anos as queixas têm vindo a aumentar e tudo indica que em 2019 se atingirá um novo recorde no número de casos de violência sobre profissionais de saúde que são reportados.

No primeiro semestre deste ano, foram registados 637 queixas, o que compara com as 439 no mesmo período do ano passado, avança o jornal Público. A manter-se a tendência do segundo semestre, será ultrapassada, pela primeira vez, a barreira dos mil casos. Em 2018, foram registados 953.

Se contabilizarmos as quase 5000 queixas recolhidas pela Direção-Geral de Saúde desde 2006 (quando foi criado o sistema de notificações), a maior parte das queixas (57%) encaixam no área do assédio moral, seguindo-se os casos de violência verbal (cerca de 25%) e de violência física (13%).

Cerca de metade das vítimas são enfermeiros, 27% são médicos e 12% são assistentes técnicos. Já 56% dos agressores são doentes ou utentes, aparecendo os familiares em segundo lugar, com 21% dos casos. Surpreendente é o facto de um quinto dos agressores serem outros profissionais de saúde.

No entanto, e apesar do aumento do número de denúncias, muitos casos ficam ainda encobertos pela silêncio das vítimas. Uma das estratégias utilizadas em vários hospitais são os chamados botões de pânico, alarmes colocados em locais estratégicos para chamar a polícia em casos extremos.

SO/LUSA

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