Cirurgia minimamente invasiva é mais-valia no tratamento de doenças cardiovasculares

Esta cirurgia permite uma recuperação mais rápida e com resultados iguais à técnica convencional que implica a abertura total do esterno e, portanto, maior agressão para o doente.

No âmbito do Dia Mundial do Coração, que se assinalou ontem, o cirurgião cardíaco Luis Baquero, Coordenador do Heart Center e responsável da Unidade de Cirurgia Cardíaca minimamente invasiva do Hospital Cruz Vermelha (HCV) explica as vantagens desta técnica no tratamento de doenças cardiovasculares, que já é uma realidade no Heart Center do HCV.

A cirurgia cardíaca minimamente invasiva permite o tratamento da maioria das doenças cardiovasculares através de mínimas incisões de entre quatro a sete centímetros, aproveitando na maioria dos casos o espaço existente entre as costelas ou a secção parcial do esterno, a diferença da cirurgia cardíaca convencional que implica a abertura total do esterno com incisões que podem chegar aos vinte e cinco ou mais centímetros.

Dentro das doenças cardiovasculares que podem ser tratadas de forma minimamente invasiva e, como tal, de forma menos agressiva para o doente, encontram-se as doenças valvulares, os tumores cardíacos, doenças coronárias, as doenças da aorta e algumas doenças cardíacas congénitas, entre outras.

“As vantagens para o doente são várias, como a redução significativa do tempo de internamento, a diminuição da necessidade de cuidados pós-operatórios e o retorno rápido à vida normal” explica o médico de cirurgia cardiotorácica, ao mesmo tempo que enumera outras vantagens para o doente “a cirurgia minimamente invasiva permite uma recuperação mais rápida e com resultados iguais à técnica convencional que implica sempre a abertura total do esterno e, portanto, maior invasão e agressão para o doente; redução do tempo de internamento, da necessidade de cuidados pós-operatórios e o retorno à vida normal; redução significativa da taxa de transfusão de sangue e derivados, redução das infeções da ferida operatória e das complicações por arritmias cardíacas, aponta.

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