22 Ago, 2019

Carne contaminada com Listeria não é comercializada em Portugal

A carne em causa é da marca “La Mechá” e os produtos com origem no seu fabricante (Magrudis) espanhol, não são comercializados em Portugal.

O governo da Andaluzia ordenou a paralisação da atividade e a retirada de todos os produtos da empresa sevilhana Magrudis, cuja carne da marca “La Mechá” estará na origem de um surto de listeriose que já fez um morto.

O surto terá infetado cerca de 150 pessoas na Andaluzia e em outras comunidades autónomas de Espanha.

Em comunicado, a Direção Geral de Alimentação e Veterinária explica que está a acompanhar a evolução do surto de listeriose detetado em 15 de agosto na Andaluzia, em Espanha, e esclarece que o alerta emitido pelo RASF, Sistema de Alerta Rápido para a Segurança Alimentar na União Europeia, indica que o produto contaminado com ‘Listeria monocytogenes’ foi distribuído e comercializado exclusivamente em Espanha.

Na mesma nota as autoridades portuguesas explicam que os operadores do setor alimentar que operam em Portugal não comercializam a marca “La Mechá”, nem produtos com origem no seu fabricante (Magrudis), em território nacional.

Toda a produção da Magrudis desde abril, incluindo a marca “La Mechá”, foi já retirada do mercado pela própria empresa, que se encontra neste momento encerrada.

Em Portugal, a listeriose é uma doença de notificação obrigatória desde 2014, através do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SINAVE). A listeriose é uma infeção causada pela bactéria ‘Listeria monocytogenes’, habitualmente associada ao consumo de alimentos contaminados.

A Direção Geral de Alimentação e Veterinária alerta os viajantes que tenham como destino aquela região de Espanha, para a necessidade de adoção de medidas preventivas, nomeadamente a eliminação de produtos daquela marca que eventualmente possam ter na sua posse.

O Ministério da Saúde espanhol confirmou um total de 150 casos de listeriose relacionados com o consumo de carne contaminada da marca “La Mechá”, dos quais 132 da Andaluzia e os restantes 18 de outras cinco comunidades: Astúrias, Extremadura, Madrid, Catalunha e Aragão.

Embora a maior parte do produto tenha sido distribuída na Andaluzia, a Agência Espanhola de Segurança Alimentar e Nutricional (AESAN) informou a distribuição do mesmo em outras comunidades.

Em concreto foram 225 quilos em Madrid, 10 quilos em Badajoz e uma pequena quantidade de produto em Adeje (Tenerife).

A maioria dos casos confirmados na Andaluzia estão registados em Sevilha (108), embora existam situações em Huelva (11), Cádis (6), Málaga (4) e Granada (3).

Outras comunidades também relataram casos associados ao surto, como as Astúrias, especificamente em Gijón, e a Extremadura, onde quatro pessoas foram diagnosticadas com a bactéria por terem consumido produtos em Sevilha e Huelva.

Na Catalunha, também há casos confirmados da mesma família, que consumiu o produto de carne trazido por um membro da família da Andaluzia.

Em Madrid, foram registados cinco casos, quatro pessoas que comeram carne da empresa andaluza e um bebé prematuro, cuja mãe consumiu o produto em Madrid em julho.

Apesar de pouco frequente, a infeção pode ser grave, especialmente em imunodeprimidos e recém-nascidos.

SO/LUSA

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