Obesidade, problemas cognitivos e mentais podem ser originados por alterações climáticas

A investigação da Aliança Australiana de Saúde Global (GHAA, na sigla em inglês) analisa os efeitos das alterações climáticas na saúde dos habitantes da Ásia Pacifico, especialmente nas zonas mais propensas a desastres naturais.

“Os filhos das mulheres que sofreram danos, entre moderados e severos, por casos objetivamente avaliados e vinculados com as tempestades, sobretudo entre o primeiro e segundo trimestre de gravidez, perderam capacidade cognitiva”, revela o estudo, citado pela agência de notícias espanhola EFE.

De acordo com o estudo, a perda de capacidade cognitiva manifesta-se aos dois anos com a perda de pelo menos 14 pontos de coeficiente intelectual, assim como menos vocabulário, enquanto a longo prazo a criança revela deficiências no processo de aprendizagem, obesidade e problemas mentais na adolescência.

Além disso, é também assinalado que o aumento do calor pode produzir ou aumentar pandemias como o zika ou outras doenças transmitidas por mosquitos, agravando ainda outros problemas devido à deterioração da qualidade do ar e da água, como a asma, as alergias, pneumonia ou diarreias.

“Não se poderá beber das fontes de água. As mudanças climáticas foram inclusivamente relacionadas com a depressão”, revela a investigação, que realça os problemas de saúde mental originados pela escassez de recursos e desastres naturais.

É previsível que o aumento do nível do mar e os desastres naturais façam reduzir a produção agrícola, o que poderá provocar problemas de malnutrição entre as populações vulneráveis, realça a investigação.

Assim sendo, a organização apresenta novas recomendações, como reconhecer o impacto que as alterações climáticas têm na saúde da população, pretendendo desta forma alertar os profissionais de saúde para a necessidade de implementar medidas para reduzir o impacto destas doenças.

EQ/SO