4 Jul, 2019

Madeira contratou 1.000 profissionais para Serviço de Saúde em quatro anos

O presidente do Governo da Madeira afirmou hoje que nos quatro anos de mandato apostou no setor da Saúde, tendo contratado mais de mil profissionais, entre os quais 296 médicos, 387 enfermeiros e 231 assistentes operacionais.

Miguel Albuquerque discursava na Assembleia Legislativa da Madeira no âmbito do quarto e último debate do Estado da Região desta legislatura, durante o qual fez o balanço das várias medidas adotadas pelo seu Governo, e considerou que hoje o arquipélago é “uma região diferente e melhor”.

O governante insular realçou o novo relacionamento implementado entre o executivo e o parlamento da região, o qual “permitiu uma melhor democracia, com maior e melhor oportunidade de escrutínio da governação”, sendo frequente a presença do Governo Regional na assembleia regional e assegurou: “Nunca tive medo do debate democrático”.

“Contratamos na Saúde mais de 1.000 profissionais”, declarou, Miguel Albuquerque, referindo ainda que, na área da Saúde, o executivo “regularizou as dívidas às farmácias, normalizou o funcionamento do abastecimento de medicamentos e reforçou, nas diferentes áreas, o investimento feito”.

Também apontou que conseguiu manter um clima de diálogo e de concertação com as classes profissionais dos enfermeiros e dos técnicos de diagnóstico, “alcançando acordos de descongelamento das respetivas carreiras”.

Outro aspeto mencionado pelo governante foi “a redução da dívida pública regional em 1,5 mil milhões de euros” e a “sustentabilidade das contas públicas”, opinando ainda que “as metas propostas na Educação foram plenamente atingidas”.

Albuquerque anunciou que “em 2019 serão pagos 63,3ME em prestações sociais, um aumento de 6% face ao ano passado”, referindo que 3.000 pessoas foram apoiadas com o complemento solidário para idosos com 4ME.

Ainda mencionou que foram investidos 85 ME nos últimos quatro anos no apoio a lares, centros de dia, apoio domiciliário e prestações sociais.

“Na vertente das ligações áreas, este Governo tem desenvolvido esforços em todas as frentes para tentar alterar uma injustiça que o Governo socialista teima em manter”, vincou o chefe do executivo insular, apontando que o objetivo é “o pagamento de apenas 86 euros” nas viagens dos residentes, sendo o restante do valor da responsabilidade da República.

Mas, Miguel Albuquerque complementou que “não há maneira de ter um PS que coloque os interesses da população acima dos seus objetivos eleitoralistas”.

O responsável madeirense também enfatizou que o Governo insular do PSD “não deixará de lutar por uma ligação todo o ano por via marítima”.

No área do ambiente, mencionou o “intenso trabalho de criação de faixas corta fogo e conservação do património natural”, implementando uma “estratégia regional de poluição zero no mar”.

Rejeitando as críticas da oposição, Miguel Albuquerque afirmou que o CDS “vive uma situação de bipolaridade política” e um “problema de distúrbio de personalidade política”, porque precisa “definir o que realmente quer e para onde vai”.

Albuquerque, dirigindo-se ao líder parlamentar do PS no parlamento madeirense, Victor Freitas, falou da “fraude da política da esquerda”, apontando que esta “vive na ilusão” de atingir o poder na região há 42 anos e “está subjugada à prepotência de Lisboa”.

Um dos outros pontos suscitados neste debate foi o problema das listas de espera para cirurgias na Madeira, tendo o secretário regional Saúde, Pedro Ramos, argumentado que os “índices a nível nacional são piores”, incluindo nos IPO do continente, em comparação com os registado na região (21.000), e sublinhou que a “solução do cheque cirurgia não funciona”.

Pedro Ramos salientou ainda que o sistema implementado no arquipélago “para minimizar” a situação permitiu “recuperar 3.000 cirurgias” desde 2017.

Print Friendly, PDF & Email
ler mais
Print Friendly, PDF & Email
ler mais