21 Mai, 2019

Tratamento psicológico da disfunção erétil é “tão eficaz” quanto o farmacológico

Conclusão é de um estudo do Laboratório de Investigação em Sexualidade Humana da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto.

De acordo com o SexLab, o estudo, que comparou durante três meses a eficácia do tratamento psicológico e do tratamento farmacológico em 25 homens com disfunção erétil “sem causa médica identificada” concluiu que os homens sujeitos à terapia apresentaram “melhorias significativas”.

“Os homens que foram sujeitos à terapia cognitivo-comportamental apresentaram melhorias significativas ao nível da resposta de ereção bem como do funcionamento sexual em geral e da satisfação sexual”, salienta o laboratório no comunicado.

No caso do tratamento farmacológico, o SexLab explica que os homens, entre os 18 e 50 anos, administraram diariamente um “inibidor fosfodiasterase-5”, substância usada no tratamento da disfunção erétil, e que no caso do tratamento psicológico, os voluntários foram sujeitos a sessões terapêuticas de grupo e de casal.

“O dado mais relevante foi, no entanto, que essas melhorias se mostraram tão significativas quanto o próprio efeito da medicação, facto que pela primeira vez é relatado na comunidade científica”, aponta o laboratório.

Citado no comunicado, Pedro Nobre, coordenador do estudo e diretor do SexLab, sublinha que os resultados do estudo são “bastante promissores” ao sugerirem que o tratamento de uma “das mais perturbantes dificuldades sexuais masculinas não será necessariamente dependente de medicação”.

“Estes dados preliminares sugerem que existem alternativas igualmente eficazes que melhoram não apenas a própria capacidade de ereção como a própria satisfação sexual”, refere.

Segundo o SexLab, o estudo, que é financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), “ainda continua ativo” e está a oferecer “um programa de tratamento para a disfunção erétil” a homens com disfunção erétil devido a fatores psicológicos entre os 18 e 50 anos.

“Este estudo pode ter implicações muito importantes no desenvolvimento e aperfeiçoamento de tratamentos psicológicos mais eficazes para as dificuldades sexuais e ajudar a desvendar os mecanismos de mudança terapêutica”, conclui o laboratório.

LUSA

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