2 Abr, 2019

Tabaco aquecido é tão prejudicial como o tradicional, alertam sociedades científicas

Doze sociedades científicas e organizações de saúde portuguesas uniram-se numa posição conjunta por estarem “fortemente preocupadas com as alegações da indústria sobre o risco reduzido destes dispositivos”.

As Sociedades Científicas Portuguesas e Organizações da Saúde representadas neste documento estão fortemente preocupadas com o surgimento de novos produtos de tabaco e com as alegações da indústria sobre “risco reduzido” destes dispositivos.

Num documento conjunto, organizações da área da saúde (nas especialidades de pneumologia, MGF, pneumologia, saúde pública, angiologia ou estomatologia, entre outras) , manifestam-se “fortemente preocupadas” com o surgimento de novos produtos de tabaco e lembram que estes “produzem aerossóis com nicotina e outros químicos”.

“Não devemos permitir que o debate em torno dos novos produtos do tabaco nos distraia do principal objetivo em questão -promover medidas regulatórias que sabemos serem eficazes na redução do tabagismo e continuar a apoiar aqueles que desejem parar de fumar”, lê-se no comunicado.

As sociedades médicas e científicas não recomendam a utilização de produtos de tabaco aquecido, alertam para os seus riscos e mantêm a firme convicção de que a melhor forma de salvaguardar a saúde humana é a prevenção da iniciação de qualquer forma de consumo e o apoio médico para cessação tabágica.

“Os produtos de tabaco aquecido contêm nicotina, substância altamente aditiva que existe no tabaco, causando dependência nos seus utilizadores, para além de estarem presentes outros produtos adicionados que não existem no tabaco e que são frequentemente aromatizados. Outro aspecto relevante é que o uso dos PTA permite imitar o comportamento dos fumadores de cigarro convencional, podendo haver o risco de os fumadores alterarem o seu consumo para estes novos produtos em vez de tentarem parar de fumar”, referem.

As 12 entidades signatárias da posição conjunta são: Sociedade Portuguesa de Pneumologia; Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar/Grupo de Estudo de Doenças Respiratórias; Confederação Portuguesa de Prevenção do Tabagismo; Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular; Sociedade Portuguesa de Cardiologia; Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária; Sociedade Portuguesa de Medicina do Trabalho; Sociedade Portuguesa de Oncologia; Federação das Sociedades Portuguesas de Obstetrícia e Ginecologia; Sociedade Portuguesa de Medicina Interna e Sociedade Portuguesa de Pediatria.

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