29 Mar, 2019

Metodologia EKUI está em expansão

Já está disponível uma aplicação gratuita para IOS e Android. Responsáveis querem internacionalizar o projeto e vêm aí mais linhas EKUI. Prémio Maria José Nogueira Pinto de 2018 deu uma ajuda.

A metodologia EKUI veio para ficar. Projeto já não se resume apenas ao baralho de cartas que o tornou conhecido (e reconhecido) por muitos. O Saúde Online falou com Celmira Macedo, presidente da associação LEQUE e principal responsável pelo projeto.

De que forma o Prémio Maria José Nogueira Pinto contribuiu para o crescimento do projeto EKUI?

O Prémio Maria José Nogueira Pinto promoveu um marketing muito positivo do projeto EKUI, dando-lhe visibilidade a nível nacional, tornando-o conhecido a entidades, investidores sociais e à sociedade civil.

De forma foi utilizado o valor do prémio?

A verba atribuída pelo prémio permitiu-nos investir na componente digital, o que possibilitou que a metodologia EKUI chegasse a mais famílias e a escolas a custo zero. As aplicações para iOS e Android estão disponíveis para download gratuito através do site da EKUI.

Paralelamente, estão a ser desenvolvidos um conjunto de tutoriais EKUI para YouTube, com dicas de utilização sobre a metodologia EKUI para pais, técnicos e professores.

Como têm evoluído as vendas do baralho de cartas EKUI (metodologia EKUI)? Que balanço faz?

A EKUI não é um simples baralho de cartas, mas sim e graças à investigação e rigor científico com que é acompanhada, é neste momento, uma metodologia de aprendizagem com desenho universal, e por isso, inclusiva.

Provas no terreno garantem que a metodologia EKUI é mais eficiente que as metodologias tradicionais e ensino, porque, por um lado, não exclui ninguém do processo de aprendizagem, independentemente de ter ou não alguma deficiência ou incapacidade e, por outro, preconiza uma educação e reabilitação inclusiva acessível a todos.

A EKUI é um projeto social, sem fins lucrativos, logo, valorizamos mais o impacto social do que o financeiro. O modelo de negócio social da EKUI é inspirado no modelo TOMS, o que significa que, por cada caixa vendida, é oferecida outra numa escola. A EKUI é neste momento uma associação autónoma (Verd´EKUI) que continua a acreditar na autossustentabilidade dentro do setor da economia social.

Quantas salas de aula, de quantas escolas, já têm um baralho EKIU (metodologia EKUI)? Têm esses dados?

A EKUI já chegou desde setembro de 2015 a 229 turmas da pré e 1º Ciclo em 40 concelhos de norte a sul do país. O projeto chegou a 3555 crianças de forma direta, com resultados muito positivos a vários níveis, sobretudo na promoção do sucesso escolar e terapêutico, tornando a intervenção de professores e terapeutas da fala mais eficiente.

Estamos a falar de uma metodologia que, além de criar valor social, pode poupar milhões de euros às famílias e ao estado social, visto que o custo de intervenção por criança com esta metodologia estima-se abaixo de 1 €, um valor manifestamente inferior à média nacional.

Quais são os próximos passos do projeto? Ou este já chegou, neste momento, a uma fase de consolidação?

Os próximos passos passam por lançar mais linhas EKUI e internacionalizar o projeto.

Tiago Caeiro

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