21 Fev, 2019

Marcelo põe equipa médica de Belém a acompanhar enfermeiro em greve de fome

Presidente da República está fora do país mas a acompanhar de perto o protesto. Carlos Ramalho garante que vai manter greve de foma "até cair morto, se necessário".

Mesmo fora do país, o Presidente da República está a acompanhar à distância e com toda a atenção o protesto do presidente do Sindicato Democrático dos Enfermeiros (Sindepor), em frente ao Palácio de Belém.

Marcelo Rebelo de Sousa deu mesmo instruções à sua equipa médica para acompanhar o enfermeiro Carlos Ramalho. “O Presidente da República deu instruções à sua equipa médica para se disponibilizar para acompanhar o Senhor Enfermeiro, que já o contactou e se inteirou do seu bom estado de saúde”, pode ler-se numa nota publicada no site oficial da Presidência.

esta quarta-feira, a Casa Civil do Presidente da República recebeu a direção do Sindepor, o único sindicato que mantém a greve cirúrgica mesmo depois do parecer da PGR. Contudo, segundo avança o jornal Expresso, Carlos Ramalho não esteve presente na reunião em Belém.

A Casa Civil “tomou conhecimento dos diferentes elementos apresentados pela direção do sindicato, que transmitiu ao Presidente da República, e recordou que se trata de matéria da competência do Governo”. O Presidente da República está, por esta altura, em Espanha e prefere manter o silêncio sobre o diferendo entre enfermeiros e Governo.

 

“É a revolta de alguém que luta há anos”

 

Carlos Ramalho garante que irá manter o protesto “até cair morto, se for necessário”. “Vai ser o Governo que tem que decidir se quer ver os enfermeiros e, neste caso, eu que os represento, a morrer de fome ou se quer negociar”, diz.

Nascido há 51 anos nos arredores de Portalegre, Carlos Ramalho é enfermeiro há 27 anos. Depois de ter trabalhado no Hospital de Angra do Heroísmo, mudou-se para o de Évora, onde está há mais de 20 anos no departamento de psiquiatria e saúde mental. Luís Mós, do Sindepor, disse ao jornal Público, ter ficado surpreendido com a decisão do colega. “Mas compreendo. Uma pessoa entra em desespero. É a revolta de alguém que luta há anos”, afirmou.

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