12 Fev, 2019

20% das pessoas que ligam para o 112 desistem antes de pedirem ajuda

Portugal foi, em 2018, o quinto pior país da União Europeia na taxa de abandono de chamadas para o número europeu de emergência (112), que rondou os 20%, por problemas como a rede ou congestionamento da linha.

Os dados constam do relatório esta segunda-feira divulgado pela Comissão Europeia referente ao 28.º aniversário da implementação do número de emergência europeu, demonstrando que Portugal é o quinto país pior classificado (do total dos 28 Estados-membros, sendo que três países não responderam) no que toca às chamadas feitas para o 112 e que “terminam antes de uma resposta por um operador humano”. “O abandono das chamadas pode ser causado por problemas de rede, congestionamento de chamadas, entre outros fatores”, assinala Bruxelas no relatório.

Pior do que Portugal — que teve uma taxa de quase 20% –, estava a Bulgária, a Itália, a Polónia e a República Checa, sendo que neste último caso a taxa subiu para quase 50%. Ao todo, foram feitas cerca de 8.500.000 chamadas para o 112 em Portugal no ano passado, de um total de 141.141.731 feitas em toda a UE.

No que toca ao tempo de resposta, mais de 90% das chamadas foram atendidas em 10 segundos em 13 Estados-Membros, em 2018, incluindo Portugal, no qual o tempo médio foi seis segundos.

Em Portugal, o 112 é o número mais usado para reportar emergências. O país está a instalar um sistema de geolocalização das chamadas, projeto que conta com fundos comunitários. Bruxelas prevê que, até 2020, 15 Estados-membros tenham este sistema instalado, sendo que, para já, só existe na Bélgica, Estónia, Finlândia, Irlanda, Lituânia, Malta, Eslovénia e Reino Unido.

Em Portugal foram, porém, já criados alertas por mensagens de texto (por entidades como a Proteção Civil, entre outras), sendo este um dos cinco Estados-membros onde isso acontece — juntamente com países como a Bélgica, Irlanda, Luxemburgo e Espanha.

LUSA

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