14 Jan, 2019

Diabéticos voltam às picadas no dedo por falta de dispositivo

O "revolucionário" sensor FreeStyle Libre, da farmâceutica norte-americana Abbott, que evitava as picadas no dedo e controlava melhor os níveis de açúcar no sangue, está sempre esgotado nas farmácias. Infarmed diz que há estabelecimentos com "espera superior a dois meses".

Os sensores FreeStyle Libre surgiram como um dispositivo inovador, que evitava as constantes picadas no dedo e controlava melhor os níveis de açúcar no sangue. Contudo, um ano depois de começarem a ser comparticipados, o equipamento da farmacêutica Abbott está quase sempre esgotado, levando a que os doentes regressem à antiga forma de controlo, avança o Jornal de Notícias (JN) na edição de segunda-feira.

O dispositivo funciona com um leitor que é colocado no braço e que permite medir os níveis de glicose no sangue. O aparelho dura 14 dias e pode ser adquirido nas farmácias com receita por 7.95€ e na Internet, sem comparticipação, por 59.90€. O JN revela que mesmo as vendas online estão a ser recusadas a novas clientes e que os antigos têm apenas acesso a quantidades limitadas. Esta situação já foi alvo de reclamações por parte da Associação Nacional de Farmácias e da Associação de Farmácias de Portugal.

Ao JN, Maria do Ceú Machado, presidente do Infarmed, admite que “há farmácias com espera superior a dois meses”, não existindo alternativa no mercado, criticando assim a postura “comercial e não de saúde pública” da empresa norte-americana.

Em resposta ao referido jornal, a Abbott  afirma que tem aumentado a produção face à “procura sem precedentes um pouco por todos o Mundo”, reforçando que “o nosso objetivo e a nossa promessa é de assegurar que toda a gente que precisa do FreeStyle Libre o terá”.

Mónica Abreu Silva

 

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