16 Nov, 2018

Enfermeiros avisam para falta de vacina da gripe em centros de saúde do Norte

A Ordem dos Enfermeiros avisa que há centros de saúde, sobretudo na região Norte, que continuam com falta de vacinas da gripe, lamentando que se tenha repetido este ano uma “péssima gestão dos ‘stocks’”.

“Os maiores problemas que identificámos dizem respeito à Administração Regional de Saúde (ARS) Norte. Há várias unidades que não estão a receber o número de vacinas que pediram ou estão mesmo em rutura de ‘stock’ até ao próximo dia 21 de novembro. Significa que as pessoas vão ao centro de saúde para se vacinar e não têm vacinas”, afirma a bastonária, Ana Rita Cavaco, em declarações à agência Lusa.

Já no início de outubro, antes de começar a campanha de vacinação contra a gripe, a bastonária tinha apelado para que este ano não houvesse “racionamento da vacina da gripe”, indicando que a gestão dos ‘stocks’ tem levado a que todos os anos “vão para o lixo milhares de vacinas”.

Depois deste alerta, a diretora-geral de Saúde veio garantir que “não há racionamento da vacina da gripe” e que, em caso de necessidade, os centros de saúde devem fazer permutas para responder às necessidades.

Um mês e meio depois, a bastonária dos Enfermeiros garante que há centros de saúde que estão com dificuldades nos ‘stocks’ das vacinas contra a gripe.

“Temos um documento oficial da ARS Norte dizendo que estas vacinas iam chegar após o dia 21 de novembro. Daqui a pouco, chegam no fim da campanha de vacinação”, indica Ana Rita Cavaco.

A título de exemplo, a bastonária diz que acontece que os enfermeiros peçam 250 vacinas no início da campanha de vacinação, recebendo apenas 50.

“Isso não dá sequer para um dia. Temos uma afluência nos centros de saúde, assim que começa a campanha, de mais de 50 pessoas por dia. Se não acautelarmos a prevenção da gripe vamos ter as urgências cheias, como todos os anos, e vamos falhar na cobertura vacinal”, sublinha.

Ana Rita Cavaco lamenta que se esteja a repetir o erro de anos anteriores na gestão que é feita pelas administrações regionais de Saúde.

“Se é para enviarem todo o resto da vacina no final da campanha, as vacinas vão para o lixo. Isto significa milhares de euros”, indica, acrescentando que a Ordem tem reportado as situações à ministra da Saúde.

LUSA

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