9 Out, 2018

Plano Municipal da Saúde de Matosinhos quer potenciar a “saúde para todos”

O Plano Municipal da Saúde de Matosinhos, que vai a reunião de câmara esta terça-feira, prevê reforçar o apoio a pessoas vulneráveis, aumentar a acessibilidade a tratamentos de saúde oral e diminuir o impacto da doença mental.

O aumento da literacia em saúde, a garantia do acesso a serviços de apoio psicossocial, a promoção de projetos no âmbito da saúde sexual e planeamento familiar, a ampliação da oferta e da acessibilidade à atividade física e desportiva, a promoção da alimentação saudável ou a atenuação das consequências dos comportamentos aditivos são outros dos objetivos deste instrumento estratégico.

Na proposta “Perfil de Saúde de Matosinhos e Plano Municipal da Saúde do Concelho de Matosinhos 2019-2021”, a que a Lusa teve acesso, a autarquia assume como prioridade melhorar a saúde de toda a população do concelho, no distrito do Porto, reduzindo as “iniquidades em saúde” e promovendo a liderança e a governação participativa da saúde, com base no conceito “saúde para todos”.

As atividades que compõem o plano resultam da compilação das ações que já se encontram a ser desenvolvidas, havendo, contudo, necessidade de desenhar novas iniciativas em parceria com as diversas entidades, nomeadamente faculdades, clubes desportivos e associações voluntárias de bombeiros, sustenta o documento.

A promoção de uma “sinergia eficaz” entre entidades significa potenciar ganhos para a saúde, abrangendo os diversos determinantes de saúde para alcançar um concelho mais saudável, realça. “Visa maximizar os ganhos da saúde através de esforços sustentados na cooperação intersetorial e estimulando a participação da comunidade”, acrescenta o documento.

A proposta realça que, uma vez que os fatores que determinam e influenciam o estado de saúde de uma população são “dinâmicos, sistémicos e complexos”, o plano será um “documento aberto com uma constante monitorização das ações”, permitindo um ajuste eficaz às necessidades.

“Este documento orienta para a necessidade de investir na saúde ao longo de todo o percurso de vida, capacitar os indivíduos para a melhoria e manutenção da saúde, criar comunidades locais e ambientes promotores da saúde mais resilientes, diminuir o impacto que os principais problemas de saúde têm sobre a população e centrar o sistema de saúde nas pessoas e na sua qualidade de vida”, adianta.

Em abril de 2017, a Câmara Municipal de Matosinhos integrou a Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis (RPMS), assumindo como uma prioridade melhorar a saúde de toda a população do concelho.

A RPMS é uma Associação de Municípios, criada em 1997, integrada na Rede Europeia de Cidades Europeias, dinamizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que se assume como um fórum de partilha e de discussão de questões com impacto na saúde e qualidade de vida das pessoas.

LUSA

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