19 Jul, 2018

Ministra da Saúde de São Tomé alerta para falta de especialistas em Dermatologia

A falta de especialistas em Dermatologia, de meios de diagnóstico e de medicamentos compromete o tratamento dos doentes, reconheceu hoje em São Tomé a ministra da Saúde, Maria de Jesus Trovoada.

“Em São Tomé e Príncipe a carência de especialistas nessa área clínica, a limitação dos meios de diagnósticos terapêuticos e medicamentosos existentes e a pouca experiência dos médicos dos cuidados primários na área dermatológica criam alguns constrangimentos, dificultando a tomada de decisão clínica e o atraso na iniciação terapêutica”, disse Maria de Jesus Trovoada.

A governante, que falava na abertura das Primeiras Jornadas de Dermatologia da Lusofonia, que decorrem na capital são-tomense até sexta-feira, sublinhou a importância do evento para aliviar o que classificou como “lacunas” no sistema de saúde do país.

Maria de Jesus Trovoada disse esperar que no evento prevaleça “a troca de experiências e de conhecimentos num mútuo objetivo da sustentabilidade” do sistema de saúde do seu país, pelo que agradeceu a presença de representantes de Portugal, Moçambique e Angola no encontro.

“A partilha de conhecimentos entre profissionais que trabalham em diferentes países como Portugal, Angola e Moçambique permite enriquecer a reforçar as capacidades teóricas dos profissionais na área da dermatologia e desta forma dar resposta com maior eficácia as solicitações populacionais”, disse.

A ministra são-tomense recordou que as doenças de pele são muito frequentes e “motivos constantes de procuras de cuidados médicos”. “Em todo o mundo, doenças como acne, dermatite, alergias, eczemas, tumores e problemas nas unhas são muitos comuns e podem representar um enorme impacto social e pessoal para o doente envolvido, principalmente as doenças que apresentam um padrão crónico com grande impacto na qualidade de vida do doente”, afirmou.

As Primeiras Jornadas de Dermatologia da Lusofonia decorrem no âmbito do programa “Saúde para Todos”, financiado pela cooperação portuguesa. O evento é organizado pelo Ministério da Saúde e pela Embaixada de Portugal e tem duas vertentes: atividade científica e assistência médica à população. “Temos por tradição, por função, por desejo sermos uteis e é por isso que nós aqui estamos”, disse por seu lado António Massa da Associação Portuguesa de Dermatologia.

Hamed Zaki, diretor do Programa “Saúde para Todos” sublinhou, por seu lado que doentes “com processos oncológicos que podem ser evitados ou tratados vão ganhar muito mais com este tipo de intervenções”.

Temas como Clínica, Epidemiologia e Terapêutica Médico-cirúrgica da Celulite Necrotizante em São Tomé e Príncipe, Celulite Necrotizante, Cuidados de Enfermagem e Pitiríase Versicolor e Tinhas serão abordados durante as atividades científicas deste evento.

LUSA/SO

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