17 Mai, 2018

Sensores e telemedicina ajudam na recuperação da locomoção após AVC

Utilizada no âmbito do projecto europeu SwitHome, impulsionado pelo EIT Health (Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia), permite que os pacientes possam fazer a sua recuperação em casa sob a supervisão de um especialista.

A plataforma de telemedicina antari Home Care da GMV ajuda à reabilitação de pessoas com mobilidade afetada após um acidente vascular cerebral (vulgo AVC) com a ajuda de sensores e algoritmos inteligentes. Utilizada no âmbito do projecto europeu SwitHome, impulsionado pelo EIT Health (Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia), permite que os pacientes possam fazer a sua recuperação em casa sob a supervisão de um especialista.

A partir dos dados que registam os sensores de umas palmilhas “inteligentes” introduzidas nos sapatos do paciente (pressão exercida em diferentes zonas, distância do passo entre os pés, etc.), juntamente com uma aplicação de smartphone e com a plataforma de telemedicina antari Home Care, o especialista monitoriza a evolução do paciente e vai ajustando o plano de reabilitação conforme os resultados do seu progresso. O sistema proporciona informação de retroalimentação em tempo real aos pacientes, ao mesmo tempo que fornece dados ao terapeuta para a supervisão do avanço conseguido.

São inúmeras as vantagens de uma reabilitação guiada e supervisionada em casa. Uma delas é a motivação do paciente para seguir o tratamento, uma vez que dispõe de informações em tempo real sobre a reabilitação que está a fazer, animando-se com a própria recuperação e os progressos conseguidos. Por outro lado, ao poder realizá-la em sua casa, sob a supervisão de um especialista, poupam-se-lhe esforços de deslocação, tornando o processo mais cómodo e confortável.

Personalização e poupança de custos

Em 2016 registou-se em toda a Europa um total de 12 milhões de pessoas afetadas por uma apoplexia e com necessidades de reabilitação física para recuperação das funções motoras. O SwithHome para a auto-reabilitação em casa permite que os centros de reabilitação possam atender a um maior número de pessoas com os mesmos recursos humanos, processando mais dados, e dando aos especialistas a capacidade de personalizar as terapias, obtendo uma maior eficácia. Com a solução tecnológica SwithHome – que incorpora a plataforma antari (de telemedicina) – paciente e profissional trabalham conjuntamente, cada qual num lugar e com seguimento monitorizado de forma síncrona.

Tendo em conta o preço médio de cada sessão de reabilitação realizada num centro de reabilitação, somado ao custo do transporte do paciente, com o SwitHome, cada sessão realizada em casa com assistência especializada, por via remota e sincronizada, permite uma redução de custos de até 70%. Isto tem um impacto direto nos gastos de saúde dos países e na economia das famílias.

Cabe ainda destacar o facto de que, embora as pessoas mais idosas sejam as que correm maior risco de AVC, os mais jovens também têm sofrido cada vez desta doença nos últimos anos. O sedentarismo, o álcool, o tabaco, o excesso de peso, o colesterol e a tensão arterial são fatores que o podem originar. A deteção precoce e posteriormente uma reabilitação adequada são essenciais para superar os episódios de AVC com o mínimo possível de sequelas.

Assim, tendo em conta que em 2035 prevê-se que aumente em 34% o número de pessoas que poderão sofrer um acidente vascular cerebral, de acordo com os dados do relatório “O impacto do acidente cardiovascular na Europa” elaborado por especialistas do King College de Londres, compreende-se facilmente o apoio da União Europeia a projectos como SwitHome, capazes de tratar da recuperação destas pessoas.

Liderado pela Associação para a Inovação e Desenvolvimento Tecnológico e Científico do Instituto Pedro Nunes (Coimbra), participam no projeto, juntamente com a GMV, o Hospital Universitário de Groningen (Países Baixos), a Universidade de Coimbra e o Centro de Serviços Assistenciais, Docentes e Investigação Parc Sanitari Sant Joan de Déu (Barcelona).

COMUNICADO

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