Dia Mundial do Cancro do Ovário é assinalado hoje

A propósito da celebração deste dia, a Liga Portuguesa Contra o Cancro pretende sensibilizar para a importância da deteção precoce.

O cancro do ovário é, a nível mundial, o sétimo tumor maligno mais comum entre as mulheres. No âmbito nacional, mata anualmente cerca de 350 mulheres, mas muitas destas vidas poderiam ser poupadas apenas com um diagnóstico precoce. Os números globais revelam que 60% de todos os casos são diagnosticados num estádio avançado. No Dia Mundial do Cancro do Ovário, assinalado a 8 de maio, a Liga Portuguesa contra o Cancro deixa o alerta, em forma de campanha, que chama a atenção para os sinais e sintomas e a necessidade de consultas regulares com um médico especialista.

De acordo com dados de 2016, 357 mulheres morreram por cancro do ovário no nosso país, cerca de 30 por mês, o que torna este um dos tipos de cancro mais mortal no sexo feminino. Esta doença apresenta sintomas que são frequentemente atribuídos a outras causas o que permite que o tumor se desenvolva e reduzindo as probabilidades de sobrevivência. Os dados científicos confirmam: um diagnóstico da doença no Estádio I tem uma probabilidade de sobrevivência a 5 anos de 92%. No Estádio IV, a percentagem não vai além dos 29%.

De facto, os sintomas do cancro do ovário podem ser vagos, especialmente nas fases iniciais da doença e não são específicos desta doença. Os sintomas mais comuns são o inchaço contínuo, sensação de enfartamento, dor abdominal ou pélvica, necessidade urgente e frequente de urinar, facilmente associados a outros problemas, que as mulheres podem ter tendência a desvalorizar. As mulheres devem estar atentas a estes sintomas e, se persistirem, deve consultar um médico especialista.

Apesar de todas as mulheres do mundo estarem em risco de desenvolver cancro do ovário, existem fatores de risco associados, como a idade (a incidência aumenta com o passar dos anos e a maioria dos casos ocorre após a menopausa), fatores reprodutivos e endócrinos, ambientais, obesidade e a predisposição genética (história familiar da doença). Aqui, destaca-se uma herança genética específica, associada às mutações dos genes BRCA1 e BRCA2. Segundo os dados existentes, até 39% das mulheres que herdam uma mutação do gene BRCA1 têm maior probabilidade de desenvolver cancro no ovário até aos 70 anos, o mesmo acontecendo para 11 a 17% das que herdam uma mutação do gene BRCA2.

 

COMUNICADO/SO

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