20 Abr, 2018

Médicos de família vão avaliar a atividade física de pelo menos 30% dos doentes

Já foram já emitidas 4.500 guias de atividade física pelos cuidados de saúde primários só entre janeiro e fevereiro deste ano. Este ano e no próximo vão ainda ser desenvolvidos projetos-piloto em centros de saúde para consultas de prescrição da atividade física.

Pelo menos 30% dos utentes dos centros de saúde devem ter a sua atividade física enquanto sinal vital avaliada pelos médicos de família até ao fim deste ano.

O diretor do Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física, Pedro Teixeira, explicou à agência Lusa que o objetivo é fazer da atividade física um sinal vital, garantindo que esta avaliação, já integrada na aplicação informática dos médicos de família, demora “cerca de 30 segundos”.

Trata-se de perceber qual o nível de atividade física dos portugueses através de perguntas simples, como foi dito pelo responsável na sessão comemorativa do Dia Mundial da Saúde.

O Programa de Promoção da Atividade Física pretende ainda que se passe desta avaliação para o aconselhamento breve e desenvolveu já guias para a atividade física que os médicos de família ou outros profissionais dos centros de saúde podem passar aos utentes, incluindo por email ou telemóvel.

Aliás, segundo Romeu Mendes, coordenador da comissão intersetorial para a Promoção da Atividade Física, foram já emitidas 4.500 guias de atividade física pelos cuidados de saúde primários só entre janeiro e fevereiro deste ano.

“Estes são dados antes mesmo de termos feito a divulgação destas guias. Estamos agora a começar a fazer a divulgação junto das administrações regionais de saúde e este número irá crescer”, referiu à Lusa.

Este ano e no próximo vão ainda ser desenvolvidos projetos-piloto em centros de saúde para consultas de prescrição da atividade física, uma pretensão que o diretor do Programa já tinha anunciado.

As unidades de saúde ainda não estão selecionadas, mas deverão ser entre 10 a 20, sendo que as consultas serão dadas por uma equipa multidisciplinar em que a “dupla chave” será constituída por um médico com pós-graduação em medicina desportiva e um fisiologista do exercício.

Hoje, foi ainda apresentado o “Plano de Ação Nacional para a Atividade Física” que não é um documento com metas ou ações concretas, mas antes um site “onde os portugueses poderão ficar a conhecer iniciativas, projetos, programas e ações promovidas pelas autoridades governamentais, mas também por municípios, empresas, e organizações da sociedade civil”.

O objetivo é tentar que os cidadãos saibam o que existe à disposição perto de sua casa para a prática de atividade física, com o objetivo de “pôr Portugal a mexer”.

O objetivo é que “sirva de fonte de inspiração para os vários setores da sociedade desenvolverem programas que visem igualmente promover a atividade física” e para “dinamizar e incentivar a implementação de projetos em áreas menos exploradas como a mobilidade ativa, o local de trabalho, ou os cuidados de saúde”, segundo os promotores.

LUSA

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