Número de utentes com médico de família nunca foi tão alto mas consultas nos centros de saúde diminuíram

92,7% dos portugueses já tinham médico atribuído no ano passado, o valor mais alto de sempre. Contudo, em 2017 realizaram-se menos cerca de 350 mil consultas nos centros de saúde.

O número de consultas nos centros de saúde diminuiu em 2017, apesar de ser o ano em que se atingiu a maior percentagem de portugueses com médico de família, segundo um documento oficial do Ministério da Saúde.

O Retrato da Saúde 2018, um documento elaborado pelo ministério, mostra que, no ano passado, houve 30.665.000 consultas médicas nos cuidados de saúde primários, quando em 2016 se tinham ultrapassado os 31 milhões.

Segundo fonte oficial do Ministério da Saúde, os dados das consultas relativos a 2017 são ainda provisórios, mas são os que constam do documento que traça o retrato da saúde em Portugal e que foi divulgado publicamente no site do Serviço Nacional de Saúde.

Ainda assim, em 2016 e em 2017 o número de consultas foi sempre superior aos dos anos de 2012, 2013, 2014 e 2015.

Quanto aos utentes com médico de família, no ano passado, 92,7% dos portugueses já tinham médico atribuído, o valor mais alto de sempre.

Quanto às consultas hospitalares, o número de primeiras consultas teve uma ligeira redução entre 2016 e 2017, mas as consultas subsequentes aumentaram, atingindo o valor mais elevado desde 2010.

O documento refere ainda que as primeiras consultas hospitalares com origem nos centros de saúde passaram de 20% em 2010 para 34,4% no final de outubro de 2017.

O Ministério da Saúde considera que estes resultados estão também relacionados com o sistema de livre acesso no Serviço Nacional de Saúde (SNS), que a partir de 2016 veio permitir que o utente em conjunto com o seu médico de família possa escolher ser seguido em qualquer hospital.

“Constata-se que 10,8% dos utentes a nível nacional optaram por hospitais que estavam, até agora, fora da rede de referenciação”, indica o Retrato da Saúde.

Ao nível das cirurgias, o documento salienta que 63% das operações são realizadas em ambulatório, não exigindo internamento e permitindo que o doente tenha alta até 24 horas após a intervenção.

LUSA/SO

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