Arouca inicia programa de terapia com cavalos para alunos com necessidades especiais

Esta semana inicia, em Arouca, o programa gratuito de atividades terapêuticas com cavalos que abrange 13 alunos com necessidades educativas especiais inscritos nos estabelecimentos de ensino locais. A iniciativa resulta de uma parceria entre a câmara municipal, as escolas e o centro hípico da região.

O projeto é financiado pela Câmara Municipal, que, em parceria com o Centro Hípico do Paço e os agrupamentos de escolas de Escariz e Arouca, vai disponibilizar a 13 crianças sessões semanais de hipoterapia, proporcionando-lhes também o acesso a equitação terapêutica.

“Há mais de 25 anos que a terapia com cavalos é usada na intervenção junto de pessoas com deficiências e incapacidades, com ganhos ao nível da sua autoestima, do seu bem-estar e da sua capacidade de atenção e concentração”, declarou à Lusa a presidente da Câmara, Margarida Belém.

“A hipoterapia irá assim promover o desenvolvimento físico, cognitivo, social e afetivo destas crianças e daí a importância de lhes podermos oferecer com regularidade este tipo de terapêutica – que, por outro lado, também rentabiliza os recursos existentes no município”, acrescentou a autarca.

O projeto propõe-se ajudar crianças com idades entre os 3 e os 10 anos que, estando inscritas nas unidades de multideficiência das escolas de Escariz e Arouca, estão diagnosticadas com um leque de problemas que abrange desde o autismo à surdo-cegueira. As sessões de hipoterapia decorrem às segundas-feiras de manhã e às quintas-feiras durante todo o dia, em complemento às atividades de hidroterapia que os mesmos alunos já frequentam nos complexos desportivos municipais – também de forma gratuita e com transporte assegurado pela autarquia.

Nesta fase, o programa é financiado integralmente pela Câmara e envolve um orçamento de 8.000 euros, o que deverá assegurar as referidas terapias com cavalos até junho, no final do presente ano letivo. Se houver acordo entre as partes, está prevista, contudo, a renovação do programa para aplicação no próximo ano letivo, entre setembro de 2018 e junho de 2019. Para Margarida Belém, a concretização do projeto “é mais um passo no sentido da construção de um município para todos”.

“É este o rumo que é imperioso continuarmos a seguir: o de rentabilizar os recursos que já temos no terreno e colocá-los ao serviço da promoção da qualidade de vida e da inclusão”, concluiu.

LUSA/SO

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